A CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Presidente Prudente, prendeu ontem um homem que aplicava o golpe da falsa clonagem de cartão bancário. Com ele foram apreendidas oito maquinetas de cartão bancário, dois celulares, um RG falso e R$ 3.570.
O flagrante ocorreu em quarto de hotel, no centro da cidade, durante diligências de investigadores do SEI (Serviço Especial de Investigação). Na delegacia de Polícia Civil, o indivíduo foi reconhecido pelas vítimas como o falso funcionário de banco, que foi até suas residências para recolher cartões bancários.
De acordo com a polícia, o investigado confessou os crimes praticados.
Somente nas últimas duas semanas, foram elaborados, ao menos, cinco boletins de ocorrência que trouxeram como descrição as características físicas do autor preso ontem, e também do veículo utilizado por ele.
Estima-se que o estelionatário tenha causado prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil às vítimas.
A ação começa quando os criminosos contatam idosos via telefone fixo e se identificam como funcionários de instituições bancárias. Eles informam que foram realizadas compras e movimentações bancárias atípicas nas contas dos idosos e questionam se reconhecem tais movimentações. De imediato, a vítima diz não as reconhecer.
Depois da negativa, que já era esperada pelos estelionatários, o falso funcionário da instituição a orienta a ligar no número de telefone que consta no verso do cartão bancário, com o objetivo de solicitar o cancelamento. Ocorre que mesmo com a vítima desligando o telefone, o golpista consegue “segurar” a ligação.
Portanto, mesmo sendo feita nova discagem do número existente no verso do cartão, quem está do outro lado da linha é outro estelionatário que se porta como atendente responsável pelo setor de cancelamento de cartões.
Tamanha a audácia, que utilizam até mesmo gravações como nas centrais de atendimento das instituições bancárias, o que gera maior “credibilidade”.
Por meio desse outro contato, o estelionatário consegue obter dados bancários, senhas alfanuméricas e dados pessoais (nomes dos pais, número de celular e etc.) visando utilizar esses dados para realização de movimentação bancária.
Conforme a Polícia Civil, ao término do atendimento, o estelionatário dita uma carta de contestação para que a vítima escreva de próprio punho, bem como a faz acreditar que seu cartão está bloqueado e a orienta a cortá-lo, mas sem danificar o chip, informando que enviará um funcionário do banco ou policial civil para recolher o cartão para futura perícia e investigação.
Entretanto, este suposto funcionário do banco ou policial civil na verdade é um integrante do grupo criminoso, e, após recolher o cartão imediatamente passa a realizar diversas compras, saques e transferências indevidas, utilizando a senha disponibilizada pela vítima durante a ligação mantida com o outro integrante do grupo, causando grande prejuízo.
Para evitar esse tipo de golpe, a Polícia Civil orienta que, em caso de ligação telefônica de pessoa que se identifica como funcionário de instituição bancária, que seja desligado o telefone e que o correntista procure a agência de sua instituição bancária e trate de problemas envolvendo a sua conta e cartões diretamente com seu gerente de maneira presencial.
Caso não seja possível, que realize a ligação no número que consta no verso do cartão de crédito através de outra linha telefônica. Ainda, a polícia reforça para que “jamais entregue o cartão bancário, mesmo que cortado, a qualquer pessoa que queira buscar na residência”.
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