Créditos de carbono: cerrado

Os créditos de carbono, chamados muitas vezes de “permissões para poluir” são uma das formas de incentivo à redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil, como signatário da Convenção do Clima, conta com dois compromissos principais, referentes a práticas ambientais que precisam ser implementadas no presente, para que eles possam ser alcançados em um futuro não tão distante.
O primeiro se refere à redução de 50% das emissões de carbono do país até 2030, compromisso firmado na COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Para além de 2050, a meta do país é neutralizar suas emissões de carbono. Durante o fim da década de 1960 e começo dos anos 1970, houve a chamada Revolução Verde, um movimento de modernização na agricultura em escala global, visto a necessidade de ampliar a segurança alimentar. 
Assim, no Brasil, o principal destaque ficou por conta da revolução agrícola no cerrado, que possibilitou a produção de diferentes culturas na região, com destaque para a soja. De acordo com André Passos, advogado especializado em Direito do Agronegócio e professor da FGV, podemos projetar um futuro que produz culturas agrícolas, projetando uma rentabilidade a partir dos créditos de carbono. 
“Com a produção da soja verde, por exemplo, que tem uma maior aceitação no mercado internacional, e junto com isso, ele vai modular os seus processos produtivos, para vender esse adicional de carbono. Assim como as indústrias de açúcar e etanol, que produzem os dois produtos e variam o seu mix a partir dos preços de mercado. No futuro, eu enxergo uma maior variedade de produtos agroambientais”, comenta. 
Passos vê os créditos de carbono além de “licenças para poluir”, com o Brasil tendo um papel fundamental no futuro da sustentabilidade global. “Estamos em um momento em que o mundo anseia por produtos verdes e o Brasil se coloca como potencial provedor destes produtos, olhando para toda cadeia do agronegócio, e pensar no quanto essa receita marginal pode transformar o patamar do agro brasileiro, sendo a nova Revolução do Cerrado no século XXI”, finaliza.

Fonte:
1)    https://www.moneytimes.com.br/creditos-de-carbono-como-o-mercado-pode-ser-a-nova-revolucao-do-cerrado-do-seculo-xxi/

 

 

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