O mais recente levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela uma notícia que deve ser lida com atenção: entre 2022 e 2025, a 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, que abrange o oeste paulista, cresceu 2,72% em número de habitantes. Foram 23.431 novos moradores, elevando a população de 858.554 para 881.985.
No epicentro desse movimento, está Presidente Prudente, que apresentou avanço acima da média regional, com crescimento de 4%. A cidade saltou de 225.668 para 234.706 moradores no período, um dado que, por si só, mostra sua força como polo de atração e referência urbana.
O sociólogo prudentino, Marcos Lupércio Ramos, chama a atenção para um ponto essencial: o crescimento não pode ser lido apenas como resultado da dinâmica natural entre natalidade e mortalidade, mas também como reflexo da chegada de migrantes, sejam eles de cidades vizinhas ou de regiões mais distantes. Esse fluxo sugere que Prudente e sua região oferecem diferenciais em qualidade de vida que atraem pessoas: saúde, educação, saneamento básico, renda e opções de lazer.
O desafio que se impõe, no entanto, é transformar esses números em oportunidade. Crescer populacionalmente significa também aumentar a pressão sobre serviços públicos, mobilidade urbana, habitação e mercado de trabalho. A pujança de Prudente como polo regional precisa vir acompanhada de planejamento estratégico para garantir que o crescimento seja sustentável e inclusivo.
A vitalidade demográfica é uma boa notícia, mas deve ser tratada como responsabilidade coletiva. O futuro da região dependerá de como gestores, empresários e sociedade civil transformarão esse impulso em desenvolvimento equilibrado, mantendo o que já é diferencial: a qualidade de vida que faz do oeste paulista uma região em ascensão.
