Crianças precisam de brinquedos caros?

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 06/10/2016
Horário 10:06
 

Oi amiguinhos, tudo bom com vocês? Na coluna infantil desta quinta-feira falaremos sobre o Dia das Crianças, lembrado na próxima quarta-feira, dia 12 de outubro. E com a ajuda da psicóloga Ieda Benedetti, a ideia é mostrar para vocês como é possível ser feliz e se divertir com brinquedos e brincadeiras que não custam tanto dinheiro, certo? Assim, se vocês ouvirem um "não" do papai ou da mamãe saberão entender o motivo, tudo bem?

De acordo com Ieda, quando a criança começa a pedir presentes caros aos adultos, é preciso que estes expliquem a elas o que é o brincar, o que é o valor dos presentes e dissertar um pouco sobre o mundo. Agora se elas estão muito apegadas a marcas, a presentes caros na área de tecnologia, viciadas nisso, então é hora de entender que este é um pedido de socorro para um desenvolvimento psíquico que está sendo capturado pelo mundo do consumo. E, portanto, um projeto de desenvolvimento de si que está sendo adoecido.

Jornal O Imparcial Pais e filhos podem viver momentos de muita alegria, brincando

"Nessa situação podemos considerar que a criança estaria em uma perspectiva de não realização do seu projeto mais intimo, que é ser feliz, se desenvolver... O ser humano é um ser que tem como estrutura fundante o seu desenvolvimento que caminha no sentido da liberdade. Se ao invés disso os pequenos estão caminhando para o consumismo eles estão adoecendo", destaca a psicóloga.

 

Como os pais devem agir?

Não se zanguem com o papai ou a mamãe quando eles te disserem não. Sabem por que? Compete aos adultos primeiro dialogar com vocês e com carinho e afetividade falar e explicar o valor de cada presente. Da possibilidade de cada pai, como está sua situação econômica e qual o momento de ganhar um presente melhor, e que isso não pode ser uma constante.

"Se mesmo assim a criança continuar em busca do ter em detrimento do ser é hora de buscar ajuda terapêutica com um profissional. E principalmente não dar o que estão exigindo. A criança não pode ser um pequeno adulto chantagista. Ela precisa aprender o momento de receber e o valor justo entre o brincar e o pagar", acentua a psicóloga.

A profissional explica que o brincar e a felicidade podem ser obtidas com bens que não são de valor tão alto. Porque é importante que a criança se divirta e que possa ter no brincar o elemento que vai auxiliar no seu desenvolvimento.

"Mesmo que os pais tenham condições financeiras boas, não podem viciar seus filhos nesse tipo de coisa. O brinquedo estruturado é o melhor. Aquele que pinta, corta, cola, ou seja, aquele que se trabalha. O brinquedo que já vem pronto, não auxilia muito no desenvolvimento das crianças", diz.

 

O mais importante

Bons exemplos vêm de casa. Conforme Ieda, às vezes os pais têm hábitos consumistas, mães que compram muito, pais que exibem seus carrões, celulares modernos e os filhos podem entender que o mais importante das coisas está na marca, na tecnologia mais avançada, etc., quando de fato, o brinquedo deve ter a função de lazer, prazer e desenvolvimento criativo.

"Pais devem rever os seus conceitos e rechear sua vida de valor subjetivos e não de bens materiais", pontua.

 

Dia especial

Muitos podem se perguntar: como passar o Dia das Crianças de maneira diferente com os pequenos sem gastar? A psicóloga diz que por se tratar de um feriado nacional, já favorece. Então, podem começar com a utilização e dedicação deste com as crianças para se divertirem e não esquecer de deixar um espaço para exercer a parte religiosa, no caso dos católicos. Para Ieda os ensinamentos de valores éticos e religiosos, de ligação com o Ser superior são muito importantes. As crianças devem ter bons valores, uma união com o Ser maior e a natureza.

"Proponho que os pais mostrem a elas como eles brincavam quando eram crianças, e por uma ou duas hora fale de quando jogavam bolinha de gude na rua, bets, queimada, etc., de como eram brincadeira divertidíssimas, enquanto hoje elas caçam pokémons, estão vidradas nas tecnologias, que é uma mega tendência reversiva, nada contra, mas eles podem aprender que tem outras maneiras mais divertidas para brincarem", orienta a psicóloga.

 
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