Não sabia - desculpem a minha altíssima ignorância - da presença de venezuelanos em Presidente Prudente e, como é óbvio, eles emigraram para cá para fugir das sérias dificuldades que enfrentavam em seu país. Outro dia um homem cadeirante estava em um cruzamento da Avenida Coronel Marcondes, abaixo do trecho onde fica a Santa Casa, e ele ostentava um cartaz enorme pedido ajuda em dinheiro aos motoristas no semáforo.
Uma cena triste. Ele contava seu drama com letras enormes no cartaz. Tinha uma bandeira da Venezuela anexada ao cartaz. Debaixo de um sol escaldante, ele dizia que precisava de dinheiro para comprar comida para sua filha. De tabela, para a sua família, como é óbvio. O venezuelano estava sozinho. Um drama de cortar o coração.
Ele se aproximava dos motoristas manobrando a sua cadeira de rodas, um procedimento que não deve ser nada fácil num cruzamento, ainda mais num cruzamento movimentado. Alguns davam moedas e notas de baixo valor. Alguma nota de lobo-guará? Ah, claro que não. Aliás, nunca botei no bolso uma nota de R$ 200. Vai ver tal nota não gosta de cronista metido a besta. Só pode ser isso. Deixa pra lá.
Quanto ao venezuelano cadeirante, espero que ele se livre dessa situação tão incômoda e dolorosa. Li que a situação na Venezuela melhorou um pouco. Vai ver Muduro amadureceu. Convém lembrar que a Venezuela não sai do noticiário por um motivo especial: o país tem dois tesouros debaixo da terra cobiçados pelos EUA. No caso, petróleo e gás natural.
Também convém lembrar que roubaram uma fortuna em ouro da Venezuela. O Reino Unido é acusado de roubar 32 toneladas de ouro e recusa-se a devolver todo esse ouro à Venezuela. O ouro está guardado em um banco, em Londres, e pelo jeito jamais será devolvido ao seu verdadeiro dono.
Maduro pode não ser orquídea que se cheire, mas convém lembrar que as sanções econômicas prejudicam muito o seu governo, que está de mãos atadas. É sabotado quando importa alimentos, que são desviados e, assim, os mercados não são abastecidos. Imaginem a Venezuela com suas 32 toneladas de ouro e com condições de exportar petróleo e gás.
A história seria diferente. Como dizia o Karlão (Marx), a economia explica tudo. Até uma noitada no motel tem economia no meio. A não ser que você seja amigo do dono e ele lhe faça uma cortesia, sem cobrar nada pelo "bem bom" com uma top model debaixo do lençol.
DROPS
Filme da Semana no Cine Brasil: Bento 16,5, estrelando um elenco joia.
Quem não tem perdigueiro caça com vira-lata.
Quem tem pressa deve viajar no trem-bala.
Classificado: vende-se cavalo de seis patas. Tratar com James Cameron em Hollywood.
