Cuidar verdadeiramente de quem?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 20/04/2022
Horário 05:00

É nítido que já algum tempo o descontentamento esteja contagiando grande parte da humanidade. Momentos de desgaste que afligem e umedecem setores que se cria uma enorme insatisfação por coisas que se esperam e não acontecem, que se falam, mas não praticam. Assim, uma verdadeira angústia se dissipa perante muita gente que não tem a certeza de que dias melhores virão.
Evidentemente que o momento de ansiedade percorre grande parte de ambientes que poderiam já não fazer insistentes cobranças tão obscuras e desafiadoras. As mudanças, que poderiam ser em prol de uma sociedade, que espera por soluções imediatas, por enquanto, ainda irão ficar a mercê de que o futuro não esteja tão próximo.
O que esperar daqueles que no seu dia a dia buscam a melhor forma de se fazer o que aparece, como forma de sobrevivência daqueles que dependem deles? Já não se vale todo aquele esforço de tempos de estudos e não valorizarem uma formação por esperar que chegou a sua hora. Muito se por enquanto clamam por isso e emitem suas insatisfações, por não cumprirem as regras.
O que esperar de ter antecipado o carnaval na crença de que as coisas realmente possam acontecer? Seria o tempo de descobertas na real necessidade de que as coisas fluem para aqueles que tanto se esperou? 
Infelizmente grande parte não tem essa percepção de que as mudanças, quando acontecem, sempre serão em prol de uma necessidade, de evoluir para melhorar, sempre haverá dor e discordância, principalmente por se tratar de diferentes desejos.  É preciso fazer mudanças para evitar destruição de uma das bases da sociedade moderna, a confiança mútua. E esse caminho pelo visto será longo.
Todo dia sempre será o dia, e assim é preciso vir uma nova reformulação das coisas que desejamos. É preciso agir para que algo realmente aconteça. Ficar estagnado numa confiança de que alguém nos faça algo, como forma de acolhimento e apadrinhamento por merecimento próprio, e querer viver no próprio mundo de Alice.
Pois bem, caminhando pelo mercado vejo que uma garrafinha de água vale aproximadamente R$ 1. A mesma garrafa no sinal ou no engarrafamento custa R$ 2. Em um bom restaurante ou hotel, pode valer até R$ 3 ou R$ 4. Em um aeroporto ou mesmo dentro do avião, até R$ 5 pode ser cobrado. A garrafinha é a mesma, a marca também, a única coisa que muda é o lugar. Cada lugar dá um valor diferente ao mesmo produto. 
Quando você se sentir nulo ou pensar que não vale nada, quando tudo ao seu redor te menosprezar, mude de lugar, não fique aí. Tenha coragem de mudar de ares e vá para um lugar onde te deem o valor que merece e considerem você o que você é. Precisamos nos certificar de que as pessoas e principalmente os lugares nos forneçam aquilo que realmente possamos estar procurando, isto é, que nos valha.
 

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