Curado de Covid-19, policial penal recebe alta em Prudente

Mauro Lúcio Junior trabalha na penitenciária de Prudente, e ficou 8 dias internado no Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 05/05/2020
Horário 10:08
Cedida - Mauro recebeu alta médica no dia 26 de abril, e foi aplaudido pela equipe que o atendeu
Cedida - Mauro recebeu alta médica no dia 26 de abril, e foi aplaudido pela equipe que o atendeu

“Muita dor de cabeça e dores pelo corpo”. É assim que Mauro Lúcio Junior, 46 anos, descreve os primeiros sinais da Covid-19, que surgiram no dia 14 de abril. No começo, chegou a pensar que estava resfriado ou com dengue. Mas, logo a situação piorou. O policial penal, que trabalha há 21 anos na Penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, procurou ajuda médica logo que os primeiros sintomas foram sucedidos por febre alta e falta de ar, quatro dias após as dores.

“É desesperador, desesperador! Meu pulmão estava todo tomado e tive que receber oxigênio”, explica Mauro. Ele esteve internado no Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças entre os dias 18 e 26 de abril, período em que recebeu tratamento com cloroquina e azitromicina. “[A doença] judia demais, você tem que ficar isolado, ninguém pode ficar com você, além dos enfermeiros e o corpo clínico”, afirma. Após os momentos de solidão, veio a cura, e ele recebeu alta médica sob aplausos e emoção da equipe que o atendeu.

Durante o tempo em que esteve isolado, o emocional do servidor penitenciário sofreu as consequências devido à distância da família. “Pensava que não iria mais ver o meu filho, esposa. Para todos que me ligavam, eu pedia oração e fé, porque só Deus para nos livrar dessa doença e eu venci”, lembra Mauro, que também atua como diretor administrativo no Sindasp (Sindicato do Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo).

Ele afirma que não sabe como foi contaminado, mas, que em conversa com os demais colegas de trabalho, soube que há funcionários da penitenciária afastados por suspeita de Covid-19, outros, com exames confirmados. Uma dessas pessoas foi a policial penal Tânia Magali Oliveira da Silva, 54 anos, que morreu no domingo após complicações causadas pelo novo coronavírus.  “A única prevenção é pedir para que as pessoas fiquem em casa, e quem tiver que sair para trabalhar, que use máscara e tome os cuidados necessários”, salienta.

Agora, Mauro está em casa, onde se recupera da doença – inclusive, fazendo fisioterapia, uma vez que o pulmão sofreu as consequências da doença.

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