A Prefeitura de Álvares Machado publicou na semana passada o Decreto 2.803/2018, que dispõe sobre a interdição da piscina pública municipal, considerando seu estado precário, a falta de segurança e vandalismo, o que coloca em risco os frequentadores do local. Conforme o documento assinado pelo chefe do Executivo, José Carlos Cabrera Parra (PSDB), ela permanecerá fechada por tempo indeterminado, e retornará ao funcionamento normal “somente quando estiver em condições adequadas para o perfeito atendimento ao público”.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Álvares Machado, a medida foi tomada após ofício da Polícia Militar encaminhado ao órgão municipal, o qual expôs denúncias anônimas relatando que o espaço estava sendo utilizado como ponto de uso de drogas e de bebidas alcóolicas por moradores locais e da região.
Apesar disso, há relatos de que muitos ainda frequentam a piscina, mesmo ela já fechada desde administrações anteriores. Conforme o Executivo, devido a esta medida, já não havia o emprego de salva-vidas, bem como exames médicos para utilizar a área, sendo que apenas a água recebia manutenção para evitar a proliferação de fungos e algas.
A reportagem esteve no local, situado na Rua Monsenhor Nakamura, ao lado do Ginásio de Esportes Municipal, e verificou que as cercas que impedem a entrada de visitantes foram danificadas por vândalos. “Diante disso e visto que o espaço não possui agentes de segurança municipal para a fiscalização, foi necessária a interdição para evitar possíveis acidentes”, pontua a Prefeitura. A fim de garantir reforma na área, o órgão municipal solicitará recursos das esferas estadual e federal.
“Falta lazer”
A aposentada Eliete Paco Correa, 53 anos, mora nas proximidades da piscina municipal, e conta que sempre que passa de carro em frente ao local, observa crianças e adolescentes utilizando o espaço sem supervisão. “A situação é realmente precária, e acho que seja válido o decreto para interdição efetiva, porque mesmo já sendo proibido o uso da piscina, as pessoas ainda frequentavam”, pontua a munícipe.
Diante da insistência de os moradores adentrarem ao espaço, a aposentada acredita que “a falta de lazer” no município faz com que as pessoas entrem na piscina. “Caso houvesse diversão, principalmente para os mais jovens, acredito que eles estariam frequentando outros lugares da cidade”. Para a dona de casa Marilene Ferreira dos Santos, 43 anos, a proposta de reforma é aceita e espera que o local tenha mais “segurança”, aliada com as “melhorias”.