Dengue avança em PP: alerta sanitário exige ação imediata

EDITORIAL -

Data 01/02/2025
Horário 04:15

Presidente Prudente enfrenta, mais uma vez, um cenário alarmante diante do avanço da dengue. A cidade, que já esteve em situação semelhante em anos anteriores, volta a registrar um aumento expressivo de casos, colocando a saúde pública em estado de alerta. De acordo com boletim epidemiológico da Vigilância Epidemiológica Municipal, divulgado na quinta-feira (30), o município já contabiliza 446 casos confirmados, 2.658 notificações e duas mortes apenas no início de 2025.
Embora o tema possa parecer repetitivo neste espaço, a necessidade de reforçar os alertas persiste. O combate à dengue exige um esforço contínuo e coletivo, envolvendo não apenas as autoridades, mas toda a população. O Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, encontra condições favoráveis para sua proliferação, principalmente com o acúmulo de água parada em recipientes mal descartados, calhas entupidas e outros criadouros urbanos.
A letalidade da dengue não deve ser subestimada. Os sintomas iniciais – febre alta, dores intensas no corpo e manchas vermelhas na pele – podem evoluir para formas graves da doença, levando a complicações hemorrágicas e até à morte. As duas vítimas registradas neste ano em Presidente Prudente reforçam o caráter urgente da situação.
Diante desse cenário, as ações de prevenção devem ser intensificadas. As autoridades sanitárias têm promovido mutirões de combate ao mosquito e campanhas educativas, mas a eficácia dessas medidas depende do engajamento dos cidadãos. Eliminar criadouros, permitir a entrada de agentes de saúde para vistorias e buscar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas são atitudes fundamentais para conter o avanço da dengue.
Presidente Prudente já viveu situações preocupantes da doença e, sem medidas eficazes e conscientização coletiva, o cenário pode se agravar ainda mais. A dengue não é apenas um problema do poder público, é um desafio que demanda responsabilidade compartilhada. A população precisa compreender que cada gesto preventivo faz a diferença na luta contra essa ameaça persistente.
A reincidência da dengue na cidade mostra que o descuido pode ser fatal. Enquanto a conscientização e a ação não forem prioridades absolutas, os números continuarão a crescer e vidas seguirão em risco. O alerta está dado mais uma vez: combater a dengue é um dever de todos.

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