Dengue avança em Presidente Prudente: passou da hora de agir!

EDITORIAL -

Data 08/02/2025
Horário 04:15

Presidente Prudente e região enfrentam uma crise de saúde pública que exige atenção e ação imediata. A explosão de casos de dengue já não é apenas um alerta, mas uma emergência declarada. Com 743 casos confirmados e quase 4 mil notificações, além de duas mortes registradas apenas neste início de ano, a cidade se vê diante de um cenário alarmante, que coloca em risco a vida de milhares de pessoas. Diante disso, a Prefeitura publicou, ontem, o Decreto nº 36.275/2025, oficializando a situação de emergência e determinando ações preventivas contra a proliferação do vírus.
A pergunta que precisa ser feita é: quantas mortes mais serão necessárias para que a população entenda a gravidade da situação? O combate à dengue não é apenas responsabilidade das autoridades de saúde, mas de todos. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, se multiplica em locais com água parada, e a negligência da população em eliminar esses criadouros tem consequências fatais.
A cada novo boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica Municipal, os números crescem assustadoramente. E isso não é por falta de aviso. Campanhas de conscientização são realizadas, mutirões de limpeza são promovidos, mas o vírus continua se espalhando. Por quê? Porque ainda há aqueles que ignoram a gravidade da situação, que deixam caixas d’água destampadas, pneus acumulando água e vasos de plantas com pratinhos encharcados. Pequenos descuidos que custam vidas.
A dengue não escolhe vítimas. Crianças, idosos, adultos saudáveis – ninguém está imune. Os hospitais já começam a sentir o impacto, com a alta demanda por atendimento e leitos ocupados por pacientes debilitados. E se nada for feito de imediato, o colapso do sistema de saúde será apenas questão de tempo.
O decreto municipal é um passo necessário, mas não será suficiente se cada cidadão não fizer a sua parte. É urgente que todos adotem medidas simples, porém essenciais: eliminar focos de água parada, permitir a entrada dos agentes de combate às endemias, usar repelente e, principalmente, cobrar daqueles que ainda não entenderam que esse combate é coletivo.
A dengue mata. Os números não mentem. O momento de agir é agora. Ignorar a gravidade da situação pode custar mais vidas. Presidente Prudente não pode se dar ao luxo de esperar por novas tragédias para finalmente despertar.
 

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