Apesar do clima frio e seco que tem marcado as últimas semanas em Presidente Prudente, a ameaça da dengue continua viva e presente. A recente divulgação da 24ª morte por complicações da doença na cidade neste ano reforça a urgência de mantermos uma postura firme e constante em relação às ações preventivas.
É comum associar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, às condições de calor e chuva, que favorecem a reprodução do vetor. No entanto, a realidade mostra que o ciclo da dengue não é interrompido apenas porque as temperaturas caem ou o clima fica mais seco. Pequenas atitudes do cotidiano podem manter focos do mosquito ativos em ambientes domésticos e urbanos, independentemente do clima.
O que não pode acontecer é que a população e os órgãos de saúde relaxem seus esforços justamente neste momento. O mosquito encontra abrigo em recipientes com água parada — vasos, calhas, pneus, garrafas e outros objetos que acumulam água mesmo em pequenas quantidades. A baixa umidade e o frio podem até dificultar a proliferação, mas não eliminam completamente os criadouros.
Por isso, a prevenção é uma responsabilidade coletiva que deve ser contínua e rigorosa. É fundamental que os moradores se mantenham atentos, eliminando qualquer possibilidade de água parada em suas casas e comunidades. Campanhas educativas, fiscalizações e ações do poder público não devem cessar, pois os números mostram que a doença ainda faz vítimas e impõe graves riscos à saúde pública.
A dengue não é apenas um problema sazonal, e sua gravidade exige que estejamos sempre vigilantes. É preciso manter o compromisso com a prevenção. Que este alerta sirva para reforçar que, independentemente do clima, o combate à dengue deve ser constante e prioritário.