Dengue: risco de surto é uma realidade em Prudente

EDITORIAL -

Data 11/02/2023
Horário 04:15

O verão traz com o forte calor e as chuvas diárias, típicas da estação, uma já conhecida e perigosa inimiga dos brasileiros: a dengue. Desta vez, mesmo com tanta divulgação feita pela mídia e autoridades de saúde, não está sendo diferente. Presidente Prudente, conforme matéria divulgada ontem em O Imparcial, se encontra em situação preocupante. Com IB (Índice de Breteau) em 9.1 e IIP (Índice de Infestação Predial) em 6.1, a cidade está classificada em risco de surto, de acordo com o Ministério da Saúde, que considera o risco com IIP superior a 4.
Os números, revelados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), apontam que, a cada 100 imóveis pesquisados em Prudente, foram encontrados 9.1 recipientes contendo larvas do Aedes aegypti (IB). Já o IIP, que totalizou 6.1, significa que a cada 100 imóveis vistoriados, 6,1 destes continham larvas do mosquito.
Segundo os dados, a área 1 do município, que é compreendida por bairros como os conjuntos habitacionais Ana Jacinta, Mário Amato, jardins Vale do Sol, Alto da Boa Vista, Tropical, Villa Real e os residenciais Damha e adjacências, obteve os maiores índices de infestação, com IB em 13,7 e IIP em 8.7.
O forte calor e a grande quantidade de chuvas nesta época são propícios para a proliferação do mosquito. E qualquer simples descuido pode provocar a transmissão. Até agora, em pouco mais de um mês, foram positivados 364 casos de dengue na cidade. Outras 534 análises foram descartadas.
As ações de combate ao Aedes não param. Nebulização nas casas onde são registrados casos positivos, trabalho de bloqueio para evitar possíveis criadouros do mosquito transmissor e coletas de exames sorológicos. Além disso, ocorrem os mutirões cata-treco para recolhimento de inservíveis descartados de maneira irregular e campanhas publicitárias na mídia local.
Porém, todo trabalho será em vão, se a própria população não fizer a sua parte, facilitando a entrada dos agentes nas residências, informando se tem ou não algum recipiente que possa acumular água e eliminando o mesmo quando constatado. Mentir ou esconder o que tem e traz perigo em casa só fará mal a você mesmo.
Apesar de o assunto ser corriqueiro e muitos já saberem o que pode ou não ser feito, vale a pena repetir os cuidados principais: evitar o acúmulo de água em recipientes como pratos, vasos, caixas d’água destampadas, garrafas e pneus; remover folhas e tudo que possa impedir a água correr pelas calhas; colocar o lixo em sacos plásticos; e manter a lixeira fechada; vistoriar semanalmente seu quintal.
O mosquito está aí... O perigo da transmissão continua, e o nosso alerta também. Se cuide!
 

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