Desproporcional

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor do lírio e da lira

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 29/10/2023
Horário 05:30

(crônica baseada em comentário de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta)

Uma coisa estranha aconteceu no sítio do seu Bartolomeu. Em um terreno enorme, atrás da casa, ele cria galinhas de várias espécies e também outras aves, como, patos, gansos e perus. Havia até um faisão que ele ganhou de presente do compadre Siqueira. Mas, afinal de contas, garboso cronista, que coisa estranha aconteceu no aludido sítio?
Nem sei se devo contar, mas vamos lá. Conto sim, seu Serafim! É que uma galinha carijó botou um ovo de casca grossa, digamos, anormal, ou seja, um ovo grande pra cachorro, muito maior do que o tamanho normal de um ovo de galinha. Daí a estranheza de seu Bartolomeu, que até pensou em chamar o Globo Rural para fazer uma reportagem sobre o "acontecido".
"Um ovão", brincou o sitiante e criador de penosas. Detalhe: os galos do pedaço sumiram do mapa. "Morreram de uma doença ainda desconhecida", explicou Bartolomeu, sem descartar a gripe aviária que, no caso em questão, matou apenas os galos. Galinha precisa de galo para preservar a espécie e tal e coisa.
Se não tinha galos, como é que a galinha "engravidou"? É aí, minhas camaradas e meus camaradas, que a porca torce a cauda. Maior mistério, sô! Se não foi o galo, quem "subiu" no dorso da galinha? Um gaiato, funcionário do sítio, meteu o bedelho: "Isso é coisa do pato", disse o cidadão. O pato foi logo descartado até porque o ovo da pata é apenas um pouco maior do que o ovo da galinha. Equivalente no tamanho, digamos.
Se não foi o pato, quem foi então? Aí apontaram o dedo pro ganso. Foi ou não foi o ganso? Discutiu-se muito sobre isso. Aí o mesmo gaiato brincou sem fina ironia e foi direto ao assunto: "Não foi o ganso que afogou o ganso", contou. Mais uma pilhéria. O mistério continuava. Durou semanas.
Foi aí que o Zequinha, o filho caçula de Bartolomeu, matou a charada. "Pai, eu sei quem é o responsável", disse o menino. "Quem, quem, conta logo, meu filho", ordenou o pai que estava mais ansioso do que brasileiro para puxar o carro da Faixa de Gaza, onde Bibi Cramulhão continua com seu genocídio e quase ninguém dá um pio.
Pressionado pelo pai o garoto disse que o "culpado" era o peru. "Mas qual dos perus?", perguntou Bartolomeu, observando que havia vários perus no terreno e que frequentavam o galinheiro. "É o peru branco", apontou Zequinha, acrescentando que o peru sempre "paquerava" a galinha. Em suma: o peru branco arrastava as asas para a galinha carijó. Todos deram razão ao menino e, depois, comentaram que a galinha, embora grandona, deve der sofrido um bocado na hora de botar o ovo de casca grossa.

DROPS

Fábricas de armas já lucraram R$ 11 trilhões com a guerra no Oriente Médio, o que pressupõe que matança em massa dá dinheiro.

Não corra atrás do prejuízo. Corra atrás do lucro.

O Pernalonga não passa a perna em ninguém.

A paz esteja convosco.
(Jesus Cristo)

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