Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina

Em Prudente, a Afipp possui 150 usuários cadastrados, e realiza atendimento semanal de crianças, adolescentes e adultos

REGIÃO - WEVERSON NASCIMENTO

Data 24/06/2020
Horário 05:02
Weverson Nascimento: Presidente Tiago Sotelo ao lado da equipe da Afipp
Weverson Nascimento: Presidente Tiago Sotelo ao lado da equipe da Afipp

Hoje, Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, este diário trará uma reportagem especial da data que tem o objetivo de sensibilizar a sociedade, e levar ao conhecimento de todos, informações complementares de educação em saúde, acerca da fissura labiopalatina, bem como o processo de reabilitação, trabalho este que é desenvolvido há 20 anos pela Afipp (Associação de Apoio ao Fissurado Lábio Palatal e Deficiente Auditivo de Presidente Prudente e Região). Atualmente, a entidade possui aproximadamente 150 usuários cadastrados, e realiza atendimento semanal de crianças, adolescentes e adultos.

Criada em 2000, a associação tem como missão facilitar e promover o atendimento à pessoa com a anomalia congênita e, para isso, dispõe atualmente de uma equipe multidisciplinar, diretoria e voluntários que realizam o atendimento para pessoas de Presidente Prudente e região, além de contar com recursos provenientes de repasses do Poder Público municipal e doações arrecadadas com o setor privado e da sociedade em geral.

Há alguns anos, o atendimento da Afipp consistia basicamente em acolher os usuários e encaminhá-los para o HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), em Bauru (SP), mais conhecido como Centrinho de Bauru, onde eram avaliadas por uma equipe com atuação em diversas especialidades, a qual dava início as primeiras cirurgias. Atualmente, o procedimento ainda é feito na cidade do Centro-Oeste paulista, no entanto, através do desenvolvimento da entidade prudentina, hoje a mesma realiza atendimento profissional em diversas áreas. “O atendimento começa a partir do momento que a família é cadastrada na instituição, através do serviço social, e passa a receber orientação e acompanhamento psicológico, fonoaudiólogo, psicopedagógico, médico e odontológico na sede da associação, bem como em consultórios de profissionais voluntários, de acordo com a especificidade de cada caso”, explica o presidente da entidade, Tiago Sotelo Sobral de Oliveira. Para manter essa rotina de trabalhos e atendimentos, a Afipp conta com uma estrutura de 419.90 metros quadrados.

APOIO FAMILIAR

O presidente relata, que, atualmente o caso de fissura de lábio é possível o diagnóstico ainda no útero, iniciando já nesta fase o acompanhamento psicológico com a mãe e familiares do bebê. “No caso da fenda palatina, em alguns casos é mais difícil, sendo detectado somente no momento do nascimento da criança. Então, quando nasce um bebê com a fissura, imediatamente o hospital entra em contato com a instituição, a qual direciona uma equipe composta por assistente social, psicóloga e fonoaudióloga ao hospital, para que a mãe possa recebe as primeiras orientações”.

Há quase 20 anos consolidada no seio prudentino, a instituição se tornou de extrema importância para a região, visto que a maioria das famílias atendidas não dispõem de recursos para que possam realizar o atendimento particular, explica o presidente. Para tanto, as ações realizadas são de caráter contínuo na área da Saúde e Assistência Social, visando promover a inclusão social, a qualidade de vida, o acesso aos serviços socioassistenciais e a rede de proteção social, bem como aos demais serviços setoriais, que contribuem para o desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos.

Fissuras labiopalatinas: região do lábio e/ou palato
Segundo a ABFLP (Associação Brasileira de Fissuras Lábio Palatinas), classificadas por anomalias congênitas, as fissuras labiopalatinas são aberturas na região do lábio e/ou palato (céu da boca) ocasionadas pelo não fechamento dessas estruturas durante a gestação dos bebês. Elas podem trazer comprometimento, principalmente, para a estética, a dentição, a audição e a fala do paciente.
Na presença de uma predisposição genética, fatores ambientais podem precipitar o surgimento da anomalia. Atualmente, seu diagnóstico pode ser feito através de exame de ultrassom morfológico, a partir da 22ª semana de gestação (por volta de 5 meses e meio). O tratamento completo tem duração de longo prazo e somente a atuação interdisciplinar de uma equipe promoverá a reabilitação completa do paciente. Em média, a cirurgia plástica do lábio é realizada aos 3 meses de idade e a do palato até os 12 meses de idade. Durante o desenvolvimento da criança, são necessários acompanhamentos da fala e do desenvolvimento facial. No Brasil, sua incidência ocorre em uma a cada 650 crianças nascidas.

 

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