Educação pais e filhos se completam, se...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 25/08/2021
Horário 04:30

Toda reflexão seja possível que nos traga boas transformações, desde que contribua para algum aprendizado. Vivenciamos por um bom tempo que a criação do hábito da leitura sempre vinha dos estímulos das revistas pequenas, a tal revistinha chamada de gibi. Por um bom período e sem saber, ali estávamos criando um hábito natural de como poderíamos ter uma rotina de leituras sem ser praticamente aquela obrigação exigida pelos nossos pais ou avós. Acredito que de maneira muito salutar, ficávamos na expectativa de quais seriam as próximas edições que poderiam ser lançadas, e assim toda semana, o nosso lugar favorito era sempre a banca de revistas do seu Antônio... 
Nessa pequena introdução de se evidenciar um hábito de ler, e poder querer levar nossos filhos por esse caminho, faço uma simples analogia, onde dois momentos que levamos, podemos até considerar, se entendermos que muitas crianças e jovens não gostam dos estudos: 1º - Quando os pais obrigam de maneira opressora, exigindo sempre e acreditando que dessa maneira será o caminho certo pelo resultado de um estudo. 2º - Quando de exemplos dos próprios pais, não parando de estudar, dando continuidade aos seus sonhos e desejos, procuram não parar de seguir e assim os filhos estão sempre degustando de momentos que lhes oportunizam desenvolvimento e crescimento, devido já terem esses exemplos dentro de casa. 
Podemos até considerar um terceiro momento, quando vindo da própria criança, e naturalmente tendo a alegria e o prazer pelo estudo, seguindo estímulos externos que a sensibiliza dessa importância em seguir adiante. Será?
Sumariamente nesses três momentos, podemos nos deparar numa linha de direcionamento que ainda buscamos como entendimento de desafios que grande parte de nossas crianças se depara: criar e sentir o gosto pelo estudo. E ainda podemos até inserir um quarto momento, sendo mais desafiador para os dois, tanto para os pais como para as crianças: é quando há a necessidade de incluir outros profissionais de outras áreas, e que de alguma maneira possam contribuir numa sequência de motor de polpa, e direcionar essas que não têm o prazer ou dificuldades pelos estudos. 
Hoje e mais ainda, professores, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e até psiquiatras entram numa parada de poder de alguma forma dar esse despertar naqueles que de alguma maneira tentam se esquivar. Sabemos que essa ligação do aprendizado com o interesse da criança ou adolescente pode até ser um parto, devido a grandes ritmos que a sociedade nos prega. Mas há essa necessidade de se cumprir aquilo que de alguma forma agregue valores em poder seguir adiante, se quisermos um país de primeiro mundo. 
“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”, Paulo Freire. A escola poderá ser peça-chave, que transforma uma mudança nas crianças. Mas os pais serão fundamentais nesse processo de ligação, onde o aprendizado dado seja acompanhado por todos.
 

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