Elizabeth, a rainha colorida

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que avisa: não cutuque onça com palito de dente; use canudo de suco

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 13/09/2022
Horário 05:30

Vocês devem estar se perguntando por que a rainha Elizabeth II usava vestidos de cores berrantes, enfim, cores vivas, não é mesmo? Considerada a mulher mais rica do mundo, com uma fortuna pessoal avaliada em 425 milhões de dólares (tinha muitos imóveis), a monarca, sempre elegante, aparecia em público com vestidos vistosos no melhor estilo "cheguei".
E a cor do vestido era a mesma do chapéu. A rainha não abria mão, por exemplo, de um vestido vermelho que parecia ter saído de um balde de tinta vermelha. Vermelho "cheguei". E o lilás? Elizabeth também era chegada numa indumentária lilás, chapéu na mesma cor, claro. 
Vestidos verde, amarelo, azul e de outras corres berrantes, sem tocar berrante, também estavam no guarda-roupa de Sua Majestade. E era verde "cheguei" e assim por diante. Mas, enfim, por que a rainha optava por vestidos pra lá de coloridos? Questão de segurança.
No caso de um quiproquó qualquer, uma confusão, os seguranças localizavam mais facilmente a monarca. 
Em suma: chapéu e vestido de cor vistosa ajudavam no resgate da rainha, livrando-a de alguma situação incômoda. Outra senha era quando Elizabeth sacudia a bolsa. Era um sinal à segurança de que o papo com quem a monarca conversava não estava lá muito bom e, assim, o "chato" se afastava "orientado" pelos guarda-costas. 
Por falar em papo, a rainha Elizabeth II adorava conversar com o então presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Sem exagero de cronista, os dois eram "chegados". A amizade deles foi tachada de calorosa por uma assessora de Mandela. Eles tinham carinho e respeito um pelo outro.
Aliás, o coloquialismo entre eles era tanto que o líder sul-africano chamava a rainha apenas de Elizabeth, sem o protocolar Vossa Majestade. E o marxista Mandela era chamado de Nelson pela rainha. Que eu me lembre, Mandela foi o único governante a passear de carruagem com Elizabeth pelas ruas de Londres. Já Margaret Thatcher, que quase matou os britânicos pobres de fome com seu "governo" neoliberal, xingou Mandela de terrorista, mas esta é outra história.
Em um evento, Mandela se aproximou da rainha e brincou: "Elizabeth, você perdeu peso". A monarca caiu na gargalhada. É assim que tem que ser. Bom humor sempre vale. Caras carrancudas não resolvem os problemas da humanidade.
Elizabeth II deixou sua marca no mundo e nunca será esquecida. É muito amada por seu povo. Até esquerdistas mais radicais, como os trotskistas, gostam dela. Durante uma manifestação, em Londres, um jovem trotskista foi entrevistado e deixou claro que ele "respeitava a figura da rainha". 
Ela passa à história como a rainha do século XX, epíteto mais do que merecido. Além de Elizabeth II, convém lembrar que a Inglaterra nos deu Shakespeare, Stephen Hawking, Charles Darwin, Charles Chaplin e Stan Laurel (da dupla “O Gordo e o Magro”), sem contar os Beatles, os Rolling Stones e a deslumbrante atriz Elizabeth Taylor. Deus salve a rainha!

DROPS

O rei Charles vai iniciar seu reinado sem cantar "I Can´t Stop Loving You" e "What´D I Say".

Esperto é o dono da sauna que ganha a vida com o suor dos outros.
(rei Charles III, do Reino Unido)

Dias melhores estarão de volta.
(rainha Elizabeth II, comentando a pandemia).

Filme da Semana no Cine Brasil: "Os quatro cavaleiros do Apolo e Alice", estrelando grande elenco sinistro e sem noção.

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