Em 1 ano, Penitenciária Feminina de Tupi registra 1,5 mil visitas virtuais

Projeto Conexão Familiar – Visita Virtual Mulher completa um ano de funcionamento nos presídios femininos do Estado no domingo, Dia das Mães

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 09/05/2024
Horário 15:39
Foto: Divulgação/Croeste
Visita virtual, de 10 minutos, tem sido forma eficaz de aproximação entre presas e familiares
Visita virtual, de 10 minutos, tem sido forma eficaz de aproximação entre presas e familiares

No próximo domingo, data em que se comemora o Dia das Mães, o projeto Conexão Familiar – Visita Virtual Mulher completa um ano de funcionamento nos presídios femininos do Estado de São Paulo. Desde sua implementação foram realizadas 5.645 visitas virtuais, representando um importante meio de manter os laços familiares durante o período de reclusão no sistema prisional. Na região compreendida pela Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste), a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista registrou 1.503 atendimentos do gênero no período.
A iniciativa, fruto de uma proposta idealizada pelo Comitê da Mulher Presa e Egressa do Sistema Prisional e pela Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, surgiu como resposta a um cenário preocupante: o baixo número de visitas recebidas pelas mulheres presas nas unidades prisionais do Estado. Reconhecendo a importância do contato familiar para a reintegração social das reeducandas, o projeto visa proporcionar uma alternativa viável, especialmente para aquelas que enfrentam dificuldades em receber visitas presenciais, sobretudo as mães separadas de seus filhos.
A história de Giovana, da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, ilustra a relevância dessa iniciativa. A quase 200 quilômetros de distância de sua cidade, a única forma de contato que a reeducanda tinha com seus filhos, de 8 e 19 anos, era por meio de cartas ou por e-mail, outra modalidade do projeto Conexão Familiar. “Por carta eu não consigo ver o sorriso dos meus filhos, mas pela chamada a gente consegue ver a emoção deles. Na última visita eu brinquei com a minha filha e ela abriu aquele sorriso lindo, toda feliz”, exemplifica.
A reeducanda destaca que a modalidade virtual de visitas ajuda a manter os laços familiares. “Se eu não tivesse essa visita, conforme meu filho fosse crescendo, eu acho que não ia ter mais aquele laço de mãe e filho. Mas a partir do momento que a gente está em contato todos os finais de semana, fica muito mais fácil para a gente ter uma convivência depois que eu sair”, conta. Além dos filhos, Giovana também utiliza a visita virtual para matar a saudade de sua mãe, principalmente em datas comemorativas como o Dia das Mães. “Neste fim de semana vou mandar um monte de beijos para ela. Eu falo sempre: ‘mãe, que vontade de deitar no seu colo’, aí ela sorri. É muito gostoso, está sendo muito gratificante”, completa.
Desde a sua implantação, o projeto tem sido uma ferramenta essencial para amenizar as consequências da separação física, permitindo que familiares e reeducandas possam se ver e conversar regularmente. A visita virtual, de 10 minutos, tem sido uma forma eficaz de aproximação, possibilitando que mais pessoas possam ter acesso a esse importante meio de comunicação, destaca a Croeste.
 

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