Em investigação iniciada em Prudente, polícia realiza operação contra grupo de extorsão no Sul do país 

Operação Psiquê desmantelou organização que utilizava redes sociais para extorquir vítimas com conteúdo íntimo; foram registradas ao menos 12 ocorrências do tipo em Prudente

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 30/06/2023
Horário 15:27
Foto: Polícia Civil
Operação Psiquê contou com aproximadamente 200 policiais civis, incluindo equipes de Prudente
Operação Psiquê contou com aproximadamente 200 policiais civis, incluindo equipes de Prudente

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, em parceria com as polícias civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, deflagrou a Operação Psiquê na manhã desta sexta-feira, com o objetivo de desarticular uma extensa organização criminosa especializada em extorsões por meio de redes sociais. 

A ação ocorreu em nove cidades do Rio Grande do Sul e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, além de identificar vínculos com Presidente Prudente, onde a investigação teve origem. Durante as investigações conduzidas pela 1ª DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Presidente Prudente foram identificados aos menos 12 registros de ocorrências relacionados a ações criminosas semelhantes na cidade e cerca de 50 ocorrências em outras localidades. A partir dos indícios, a unidade especializada assumiu o caso e passou a rastrear um extenso grupo criminoso que atuava na região Sul do país.

Com base nas informações obtidas durante as investigações, nesta sexta, a Operação Psiquê foi deflagrada simultaneamente em nove cidades do RS (Rio Grande do Sul) e em uma catarinense: Porto Alegre - capital gaúcha, Sapucaí do Sul, Viamão, São Sebastião do Caí, Alvorada, Esteio, Guaíba, Canoas e Seberi e em Balneário Camboriú (SC), além de uma ação dentro da Cadeia Pública do RS. A operação contou com aproximadamente 200 policiais civis, incluindo equipes de Presidente Prudente.

Ao todo, de acordo com a corporação, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão residencial, realizadas cinco prisões preventivas e bloqueados valores em contas de dezenas de CPFs, para sequestro dos valores em conta. Ao término da operação, 28 pessoas, entre líderes, operadores e aliciadores de contas e correntistas, foram indiciadas e responderão pelos crimes de extorsão, falsa identidade, organização criminosa e lavagem de capitais.

Modus operandis das extorsões

De acordo com a Polícia Civil, o modus operandi do grupo consistia em entrar em contato com as vítimas por meio de redes sociais, estabelecendo relações de confiança e, posteriormente, trocando mensagens e fotos íntimas, expondo garotas nuas. 

Em seguida, os criminosos passavam a exigir valores em dinheiro para evitar a divulgação desse conteúdo nas redes sociais ou realizar denúncias falsas, ameaçando levar as vítimas à prisão por crimes inexistentes, como alegações de pedofilia. 
Para intensificar a pressão, os criminosos falsificavam chips de operadoras, criavam perfis falsos com fotografias de autoridades reais e enviavam vídeos simulando cenas de sangue e até mesmo de velório de adolescentes supostamente vítimas de suicídio.

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