Serão encaminhados para a Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) de Irapuru) dois irmãos, 16 e 17 anos, identificados como autores de um assassinato ocorrido no dia 20 de fevereiro, no bairro São José, em Álvares Machado. Na ocasião, um homem de 57 anos foi atingido por golpes desferidos com barra de ferro e pedaços de madeira, em possível “acerto de contas” decorrente de negociações sobre drogas. Os menores, conforme o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), responderão pela prática de ato infracional por crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, atrelado ao tráfico de drogas, e por emprego de meio cruel. “As apreensões têm prazo de 45 dias”, informa o órgão.
Os dois adolescentes foram apreendidos pela Polícia Civil durante operação na manhã desta segunda-feira, que contou com apoio da Polícia Militar. “As investigações desencadeadas possibilitaram esclarecer histórico de desentendimentos e ameaças entre os agressores e a vítima, fatos originados em desacerto atrelado ao desempenho do tráfico de drogas. Ao que restou apurado, a vítima era usuária de drogas e teria enviado quantia em dinheiro aos adolescentes, todavia, não teria recebido o entorpecente para consumo, dando início ao lamentável impasse”, explica o departamento.
Lembra que, na data dos fatos, os menores saíram à procura do homem e o encontraram quando retornava de um bar, “oportunidade em que os menores espancaram a vítima com emprego de barras de ferro e pedaços de madeira, empreendendo fuga em sequência”. O ferido permaneceu caído na via pública e foi socorrido ao HR (Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo), em Presidente Prudente, onde faleceu horas mais tarde em decorrência de politraumatismo.
“Diante dos robustos elementos de informação, a Polícia Civil ofertou representação ao Poder Judiciário para expedição de mandados de apreensão dos adolescentes, bem como de busca e apreensão domiciliar. As investigações prosseguem visando elucidar outras eventuais circunstâncias que gravitam em torno do hediondo ato infracional, além da realização de exames periciais”, conclui o órgão.
