O senador Aloysio Nunes (PSDB), líder do presidente Michel Temer (PMDB) no Senado, visitou Presidente Prudente ontem e falou um pouco sobre a economia do país. Ele chegou por volta das 14h, cumpriu sua agenda política na cidade, e retornou à capital paulista ainda no fim da tarde. Para o senador, as propostas do novo governo são "coerentes e tendem a minimizar" os problemas da economia nacional, que vive uma recessão financeira desde o início de 2015. "Temos uma situação fiscal grave. O governo brasileiro gastou muito ao longo do tempo, bem mais do que arrecadou, e foi se criando uma dívida enorme que custará caro saná-la", comenta Aloysio.
Recentemente, Temer apresentou a chamada PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos gastos, que limita os gastos públicos, abarca os três poderes e tem vigência de 20 anos, mas poderá ser alterada a partir do décimo ano. O plano prevê também que os recursos para a saúde e educação seguirão percentuais constitucionais, mas serão corrigidos, de acordo com a variação da inflação. "A proposta, que está na Câmara dos Deputados, é de segurar o crescimento da dívida. A despesa pública não poderá crescer mais do que a inflação ao longo dos próximos 20 anos, e nossa dívida vai diminuindo, até acabar. Consequentemente, ao longo do tempo, teremos redução das taxas de juros, mais emprego, etc.", declara.
"PEC visa segurar o crescimento da dívida", diz senador
O senador diz que além desta PEC, existem outras medidas já tomadas que começam a dar sinais positivos no âmbito da retomada de investimentos. "Me refiro às novas concessões em projetos de infraestrutura, como postos, aeroportos e rodovias, que vão mobilizar interesse de muitos investidores nacionais e estrangeiros", frisa. "Hoje temos um presidente que respeita as leis e é avesso às interferências indevidas do Estado na economia, que garante a estabilidade das regras, e vai criando um clima de otimismo para a gente neste momento", acrescenta.
Sobre os planos da Previdência Social, Aloysio acredita que tanto a previdência pública como a privada necessitam de reformas urgentes, pois a situação está "insustentável". "Quando você tiver na idade de aposentar, não haverá recurso em caixa para o pagamento, porque as contribuições não acompanham os volumes dos benefícios. O número de novos benefícios cresceu bastante, e as contribuições não acompanharam. Então, temos um buraco para ser tapado", relata.
Lula
Questionado sobre a acusação de Lula ser o comandante máximo do esquema da Lava Jato, ele se limitou a dizer que "são denúncias graves e fortes, que precisam passar pela análise e investigação do Poder Judiciário". "É um caminho longo que deverá ser difícil para ele", diz.
Manifestações
Com relação às ultimas manifestações contra o atual líder do Executivo brasileiro, movimento #ForaTemer, como é conhecido na internet, o senador comenta achar normal atos como este. "Vivemos em uma democracia, e as manifestações, desde que não sejam de arruaça e vandalismo, são sadias", considera.
