Empreendedorismo entre os jovens: olhar o presente e o futuro

OPINIÃO - Mauro Bragato

Data 01/06/2021
Horário 04:30

Empreender não é uma aventura: trata-se de uma decisão profissional séria e importante, que vai muito além de iniciar a própria empresa. O empreendedorismo é uma possibilidade de atuação para os profissionais que ainda estão em formação, já que oferece uma série de vantagens econômicas sem perder de vista o impacto social causado pelas suas ações.
Muitos jovens acreditam que esse conceito representa a abertura de um negócio inovador no mercado, mas existem diferentes formas de empreender. Isso porque esse profissional do futuro nada mais é do que alguém que imagina e desenvolve suas visões e enxerga oportunidades onde outras pessoas não veem.
Com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo entre os jovens paulistas, o governo do Estado de São Paulo lançou o projeto Casa da Juventude, oferecendo espaços multiuso de apoio ao público no início da vida profissional. 
Serão investidos mais de R$ 20 milhões na criação de ambientes que atuarão como centros de difusão cultural, preparados para incentivar a qualificação, empreendedorismo, busca de oportunidades de emprego e renda e área de trabalho colaborativo, estimulando a criação de novos projetos e negócios entre o público juvenil. 
O projeto vai ajudar jovens na busca por oportunidades de emprego com ações voltadas para a qualificação profissional, economia criativa, empreendedorismo e convivência. 
Além dos cursos, a Casa da Juventude incentivará o coworking com área projetada especificamente para o trabalho colaborativo, garantindo que os jovens possam desenvolver projetos empresariais em diversos setores.
É um olhar para o futuro e para a modernidade, uma vez que esse conceito de “coworking” vem sendo implantado pelas empresas e profissionais independentes para que jovens em início de carreira possam trabalhar a inovação, a criatividade, a troca de experiências e fortalecer contatos. 
Uma pesquisa realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) revelou o crescimento dos empreendedores jovens no Brasil. Em 2017, o país tinha uma média de 30,5% de brasileiros entre 25 e 34 anos que estavam ativos na criação de negócios inovadores, seguido por 20,3% de jovens entre 18 e 24 anos.
Em 2018, o número de brasileiros de 18 a 24 anos ativos em ações empresariais subiu, apresentando um total de 21,2%. Essa transformação sustenta a tese de que ofortalecimento do conceito de construção de ideias inovadoras, associado à velocidade da informação, fizeram com que jovens ficassem mais interessados em iniciar seu próprio negócio.
Estudos apontam que há cerca de 10 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos no Estado de São Paulo, ou 22% da população. Por isso, a Casa da Juventude será o escritório para o jovem paulista desenvolver seu potencial empreendedor. 
O projeto será gerido pela pasta de Desenvolvimento Regional e contará com a participação das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico; Cultura e Economia Criativa; e Habitação, por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). 
As cidades interessadas devem, obrigatoriamente, contar com um Conselho Municipal de Juventude e ter população menor que 150 mil habitantes. É importante que as prefeituras estejam atentas a esse projeto e incentivem a criação de novos conselhos, pois estamos falando do futuro da economia e da sociedade. 
O desenvolvimento de políticas públicas que incentivam o trabalho empreendedor desmistifica a visão de que isso é uma atividade destinada a um grupo seleto. Abrirá portas para o início de uma nova era empresarial. E o governo de São Paulo deu mais um importante passo nesta direção, pois a Casa da Juventude reflete o espírito de inovação e olhar voltado aos jovens.
 

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