Empresas pagam R$ 6,3 milhões a municípios por falta de energia

REGIÃO - Bruno Saia

Data 21/05/2014
Horário 08:18
 

A Caiuá, a Vale Paranapanema (pertencentes ao Grupo Energisa) e a Elektro, empresas que fornecem energia elétrica para os municípios da região de Presidente Prudente, pagaram R$ 6.389.674,47 aos seus consumidores como compensação por interrupções no fornecimento de energia elétrica em 2013. O valor representa uma redução de 47,6% em relação a 2012, no qual as empresas tiveram que pagar R$ 9.435.920,46 por conta das quedas de energia. As três empresas pagaram um total de 1.733.971 compensações pelo descumprimento dos indicadores individuais (em 2012 foram 1.893.711).

Jornal O Imparcial Valor restituído vem especificado na conta de energia

Todas as cidades atendidas pela Caiuá fazem parte da região de Prudente, porém, as demais empresas atendem também municípios de outras áreas e até mesmo de outros Estados (veja +MAIS).

A quantidade de compensações não é necessariamente igual ao número de consumidores compensados, uma vez que um mesmo consumidor pode ter sido compensado mais de uma vez no ano. As informações fazem parte do balanço da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), divulgado ontem.

Cada indicador representa o limite que as empresas podem atingir em relação ao tempo que o cliente fica sem energia (DIC - Duração de Interrupção por Unidade Consumidora), à quantidade de vezes que ele fica sem energia (FIC - Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), ao período máximo que ele pode ficar sem energia (DMIC - Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora) e à duração da interrupção da energia em dias considerados críticos, com a ocorrência de grandes tempestades, por exemplo (DICRI - Duração da Interrupção Ocorrida em Dia Crítico por unidade consumidora).

Quando uma empresa ultrapassa qualquer um desses limites, ela é obrigada a pagar uma compensação proporcional a esse consumidor. Esses índices variam de acordo com a capacidade de a empresa restabelecer o sistema elétrico. Uma cidade no interior da Amazônia, por exemplo, possui um índice muito maior (mais dificuldade) do que um município em São Paulo (menor dificuldade). A compensação é paga automaticamente até dois meses após o mês em que houve a interrupção. As informações estão disponíveis na fatura de energia elétrica.


Justificativas


De acordo com as empresas, problemas técnicos e interferências humanas e naturais são as justificativas para as quedas de energia na região. "O que gera a suspensão no fornecimento são as ocorrências programadas e as emergências ", afirmam a Caiuá e a Vale Paranapanema, por meio de nota de sua Assessoria de Imprensa.

"A maioria das interrupções de energia elétrica é causada por ações de eventos da natureza , pois o sistema elétrico de distribuição é predominantemente aéreo e é afetado por esses eventos naturais", detalha a Elektro, também por meio de nota.

 

Redução


No caso dos clientes atendidos pela Elektro, houve uma redução considerável nos valores devolvidos na comparação entre 2012 e 2013. Segundo a empresa, a redução é atribuída aos investimentos feitos em seu sistema elétrico de distribuição, ao plano anual de manutenção preventiva e preditiva e à utilização de novas tecnologias e componentes de rede.

Cidades da região atendidas pelas empresas


Caiuá (24 municípios no total): Adamantina, Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Indiana, Inúbia Paulista, Lucélia, Martinópolis, Osvaldo Cruz, Parapuã, Piquerobi, Pracinha, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Sagres, Salmourão, Santo Anastácio e Santo Expedito.

Vale Paranapanema (27 municípios no total): Iepê, João Ramalho, Nantes, Paraguaçu Paulista, Quatá e Rancharia.

Elektro (223 municípios no total): Pirapozinho, Anhumas, Taciba, Narandiba, Estrela do Norte, Tarabai, Sandovalina, Mirante do Paranapanema e Marabá Paulista.
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