Errar é humano

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 25/09/2021
Horário 04:30

Os erros estão intimamente ligados à natureza humana e fazem parte do processo de crescimento, evolução, melhoria constante, criatividade e inovação nas empresas. São combustíveis para o crescimento pessoal e empresarial: desde que se aprenda com o erro na primeira vez. Contudo, ainda há ambientes onde o foco nas soluções e melhorias são deixados de lado, para se valorizar em demasia as falhas. O principal efeito colateral deste ambiente é o fato de funcionários “varrerem para baixo do tapete” os problemas que aparecerem, perdendo desta forma a oportunidade de melhorar.
É importante salientar que existem espectros diferentes para os erros, afinal uma coisa é a falha quando se tenta acertar e outra é o erro gerado por preguiça, falta de atenção, desleixo, negligência. Este tipo de erro pode gerar até demissão por justa causa e está tipificado como desídia no art. 482 CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Portanto, estes erros previstos em lei devem ser tratados com rigor, enquanto os outros devem ser acolhidos e incentivados, desde que não haja reincidência. 
Grandes cientistas, empresários e esportistas têm na tentativa e erro o combustível para o sucesso. É o que fez Thomas Edison, considerado um dos maiores inventores do século XX, onde dizia que independente do resultado “uma experiência nunca é um fracasso”. Antes de lançar o iPad, Steve Jobs, da Apple, fracassou com o Pippin, console de videogame. Atletas de alto desempenho, como por exemplo, arco e flecha, erram o alvo muitas vezes até que os acertos sejam rotina.
Portanto, os erros são bem-vindos desde que corrigidos de imediato e que sejam gerados pelo foco na solução, inovação, aprendizado e crescimento. Mas, para aquelas empresas que vivem outra realidade e desejam mudar, é preciso investir nas mudanças na cultura organizacional. Como a mudança vem mais pelo exemplo do que pelas palavras, tudo começa com as lideranças. Em seguida, os funcionários. O resultado será um ambiente de trabalho mais harmônico, criativo, produtivo e lideranças com menos “dores de cabeça”. É como foi colocado pelo Fice (Festival de Inovação e Cultura Empreendedora), em 2020: “Errar não é apenas humano, como faz bem à saúde corporativa”.


 

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