Escrito nas estrelas 

OPINIÃO - Raul Borges Guimarães

Data 15/05/2022
Horário 04:30

Nesta época do ano, as noites estreladas são lindas. Faz frio lá fora e ainda não terminei a crônica semanal. Acabei dormindo pensando nas constelações que me encantam há tanto tempo. 
Desde pequeno aprendi a encontrar no céu as “Três Marias”, um conjunto de estrelas próximas e enfileiradas de brilho parecido. Vim descobrir mais tarde que elas formam o cinturão de Órion, o gigante caçador da mitologia grega que se apaixonou por Artemis, mas foi morto por Escorpião e condenado a percorrer eternamente a esfera celeste todas as noites. 
Órion segura um porrete na mão direita e um escudo no braço esquerdo. Por detrás dele eu posso observar a fantástica “Nebulosa de Órion”, formada majoritariamente de poeira cósmica, que nos aponta para as “Plêiades”. Elas são um aglomerado de estrelas bem brilhantes e facilmente identificáveis: Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope. 
Na mitologia grega as Plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Cansadas de serem perseguidas pelo Caçador Órion, pediram a Zeus que as colocassem numa constelação. E Zeus as colocou na constelação de Touro. Mas Órion, mesmo atacado pelo Escorpião, não se cansa de persegui-las no firmamento! Quanto confusão....
Para complicar ainda mais, Urano (o elétrico e irreverente planeta das mudanças e da rebeldia) retornou a cruzar com a constelação de Touro depois de um ciclo de 84 anos! Segundo os astrólogos, isso é sinal da “quebra de estruturas bem intensa, mesmo que o conservadorismo continue pulsante”!
Lá no alto do céu eu vejo Sirius, a estrela mais brilhante do firmamento. Vênus também é fácil de ser localizado, na direção oeste, logo após o pôr do sol. Marte, de cor avermelhada, estará visível no começo da noite, à meia-altura, entre o oeste e o noroeste. Saturno também estará visível nesse horário, aproximadamente na mesma direção. E, por último Júpiter, um pouco depois da meia noite, no horizonte leste. Dizem que podemos ver esses planetas nas noites estreladas porque eles se encontram com o lado iluminado voltado para nós e posicionados acima do horizonte quando o sol já se pôs, formando um contraste com o céu escuro. 
Acordo quase no amanhecer do dia com as estrelas girando na minha cabeça. Sento para escrever a crônica com o sol nascendo de frente para a Constelação de Aquário. Dizem que é o sinal de um novo período que deve durar cerca de 2 mil anos. Devia ser muito bom viver em um mundo com ciclos de tempo tão longos... Hoje parece que o tempo voa e o mundo gira cada vez mais rápido!
 

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