Estado intensifica combate às queimadas

Na estiagem do ano passado, Corpo de Bombeiros registrou 2.092 incêndios em vegetação na região

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 15/07/2020
Horário 06:28
 Arquivo - Período de estiagem requer força-tarefa para controle de queimadas
Arquivo - Período de estiagem requer força-tarefa para controle de queimadas

No período de estiagem são frequentes as ocorrências de incêndio em vegetação, o que prejudica a fauna e a flora, e oferece riscos à saúde da população. A fim de prevenir e controlar as queimadas, o Estado de São Paulo desenvolve a Operação Corta-Fogo, intensificada nesta época do ano. De acordo com levantamento do 14º Grupamento de Bombeiros, em Presidente Prudente, de abril a setembro do ano passado – estiagem, a região de Presidente Prudente contabilizou 2.092 ocorrências de fogo em vegetação, número 19,81% menor que no mesmo período de 2018, quando foram 2.609 registros. 
O 1° tenente-PM Marcos Antonio Machado Junior explica que essa redução pode ter ocorrido em razão da variação climática, por exemplo, por eventual frequência em precipitação de chuvas no período. No entanto, também pode estar associada à conscientização da população, o que vai ao encontro de um dos objetivos da Operação Corta-Fogo, neste ano, desenvolvida entre 1º de junho a 31 de outubro. Conforme o governo estadual, a participação da comunidade “é fundamental” para auxiliar na prevenção de queimadas. 
Atitudes como não atirar bitucas às margens das rodovias, não soltar balões, não acender fogueiras em área de mata e não atear fogo em lixo colaboram para a manutenção de áreas verdes e previnem acidentes. “[A operação] é importante para que os órgãos e entidades envolvidos procurem se auxiliar quando da ocorrência de sinistros, de modo a extinguir o mais rapidamente possível o foco de incêndio e evitar mais danos ao meio ambiente, ao patrimônio e à saúde”, salienta Machado.

Ao longo do ano

Para cumprir os objetivos, a Operação Corta-Fogo desenvolve uma série de atividades de forma permanente ao longo do ano, dividida em três fases: verde, amarela e vermelha, conforme as necessidades e priorizações que cada período exige.
De acordo com o Estado, entre junho e outubro, período que requer medidas emergenciais rápidas, amplas e coordenadas, é ativada a fase vermelha, com foco no combate ao fogo e na fiscalização repressiva, além de intensificação das estratégias de comunicação e campanhas preventivas. A fase verde, em duas etapas, prevê para janeiro e fevereiro atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação; já entre novembro e dezembro é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte. 
Por sua vez, a fase amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Entre abril e maio, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.

SAIBA MAIS

A Operação Corta-Fogo é coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, e conta com a participação do Corpo de Bombeiros, Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, subordinada à Casa Militar, a Polícia Militar Ambiental, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo e o Instituto Florestal.

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