Estado reforça combate ao fogo no oeste paulista com investimento em tecnologia e ação estratégica

Monitoramento por satélite, drones térmicos, capacitação e reforço de equipes integram resposta à temporada crítica em unidades de conservação

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 07/08/2025
Horário 13:59
Foto: Semil
Aporte fortalece atuação direta da Fundação Florestal em áreas de maior risco durante estiagem
Aporte fortalece atuação direta da Fundação Florestal em áreas de maior risco durante estiagem

Com o avanço da estiagem e o aumento do risco de queimadas, a Fundação Florestal, ligada à Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo), destinou R$ 11 milhões à Operação SP Sem Fogo neste ano. O investimento intensifica a prevenção e o combate a incêndios nas UCs (Unidades de Conservação), com reforço tecnológico, expansão de equipes em campo e novas estratégias integradas de monitoramento e resposta rápida em todo o Estado e, principalmente, no oeste paulista, indica a pasta estadual.

O aporte fortalece a atuação direta da fundação em áreas de maior risco durante a estiagem, com tecnologia de ponta, infraestrutura estratégica e mobilização humana permanente. O investimento contempla a compra de equipamentos especializados, como motobombas, mochilas costais, ferramentas multifuncionais e quatro tanques flexíveis de 20 mil litros para abastecimento em regiões remotas. Foram adquiridas, ao todo, 12 motobombas, 1.100 ferramentas manuais, 200 mochilas costais e lanternas táticas para pronta resposta no território paulista.

A estrutura operacional foi ampliada com a contratação de 57 bombeiros civis e o reforço de uma frota composta por cerca de oito caminhões-pipa, 35 quadriciclos, 40 veículos leves, além de 75 caminhonetes com motobombas, já existentes, estrategicamente distribuídos.

O sistema de monitoramento foi completamente modernizado. A Fundação Florestal vai utilizar monitoramento via satélites, com dois sistemas capazes de detectar focos de calor em tempo real, alimentando plataformas de resposta, o SMAC – Sistema de Monitoramento e Alerta Climático, e o Pantera, que cruzam dados de sensores com informações meteorológicas, tipo de vegetação e histórico de queimadas para gerar alertas com até 24 horas de antecedência. Esse trabalho é complementado pelos drones com câmeras termais, que têm sido decisivos na localização precisa de focos, inclusive em áreas de mata densa e durante a noite.

Essas informações são analisadas pela Sala SP Sem Fogo, centro de comando instalado pela Defesa Civil, que reúne dados meteorológicos, imagens por satélites e relatórios das equipes de campo, permitindo a integração operacional entre órgãos e resposta rápida aos focos. Em campo, a Fundação Florestal atua com equipes treinadas em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Só em 2025, foram realizadas 15 oficinas regionais com cerca de 3 mil participantes em todo o Estado, além de treinamentos específicos em Sicoe (Sistema de Comando em Emergência) para os gestores das UCs.

O modelo de combate adotado prioriza vigilância constante, uso intensivo de tecnologia, e atuação coordenada entre monitoramento aéreo, terrestre e digital. A fundação também aderiu à Ata de Registro de Preços para uso de aeronaves de asa fixa, além de firmar contratos de helicópteros para transporte de equipes e ações de combate em áreas de difícil acesso.
 

Publicidade

Veja também