Com o tema “Inovação e tecnologia da agricultura brasileira”, a 31ª Semana de Estudos Agronômicos de Presidente Prudente se encerrou com a participação de 63% dos graduandos do curso de Agronomia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). O evento fechou com a realização de um Dia de Campo na manhã de ontem, em que os alunos puderam ter contato com pesquisas e inovações tecnológicas na agricultura, divididas em quatro estações técnicas.
Foram apresentadas as estações sobre novos conceitos de plantabilidade no sistema de plantio direto, com a parceria da empresa John Deere; pesquisa de manejo de adubação nitrogenada da cultura do feijão; novos conceitos de irrigação, com parceria da empresa Fockink Indústrias Elétricas; e apresentação de novas variedades de cana e formas de recomendação para a região.
Um dos professores organizadores no evento, Alexandrius de Morais Barbosa, afirma que interações como está é muito importante para os acadêmicos, a fim de que saibam o que está sendo utilizado na prática. “A gente fala em sala de aula a teoria e esse evento vem trazer profissionais externos, que podem exemplificar esses temas para os alunos”. Além disso, ele declara que proporcionar aos estudantes um contato direto com os profissionais da área é muito importante, para que consigam adquirir um círculo de relacionamento que poderá influenciar em vagas futuras de emprego.
“Outro ponto importante é a interação entre o público. São muitos alunos, de diferentes áreas e com diferentes pensamentos e ideias, mas que discutem sobre um mesmo tema envolvendo a agricultura, gerando várias reflexões”, acrescenta Alexandrius. Vagner Luiz Gurian, 47 anos, já é um engenheiro agrônomo formado, mas, mesmo assim, quando viu publicações no evento nas redes sociais resolveu participar para aprimorar os conhecimentos na área. “Toda capacitação é válida, pois a tecnologia é muito dinâmica, sempre está evoluindo, então a gente tem que acompanhar essas novas tendências do agronegócio”, afirma.
Para a jovem Nathalia Banes Pereira, que cursa o 6° termo de Agronomia, a semana do evento e, especificamente, o Dia no Campo, garante um ganho de conhecimento para uma conexão prática com o que se escuta nas palestras, e até mesmo em sala de aula. “Para nós é ótimo, pois não precisamos sair da universidade para ter essas experiências que vão nos auxiliar muito no futuro da profissão”, ressalta.
Interação profissional
Fernando Vieira Costa é engenheiro agrônomo formado na Unoeste, e foi ao evento dividir um pouco do conhecimento na área com os alunos em formação, abordando a adubação nitrogenada do feijão em uma das estações técnicas. Hoje, Fernando é doutorando pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, e fala sobre a importância de tratar sobre o assunto entre os futuros profissionais. “O feijão é uma das culturas mais cultivadas no Brasil e já faz parte da nossa dieta alimentar. Por isso passar o conhecimento sobre o nitrogênio, que é um dos nutrientes mais exigidos pela cultura do feijão, é muito importante e será muito válido para eles”, explica.
Daniel Mota Calil, que estava representando a empresa Fockink Indústrias Elétricas, falou sobre os conceitos de irrigação para os alunos. Para ele, compartilhar um pouco da experiência do campo com os estudantes é gratificante. “Eu já passei por isso e sei que a gente sai para o mercado com uma carga teórica muito grande e carente de práticas, por isso, esses eventos beneficiam os alunos”. Além disso, ele diz que o tema abordado é relevante, pois na região a seca é muito pronunciada. “Se nós pensarmos em produção de alimentos como soja, milho, trigo e feijão, temos que usar as tecnologias disponíveis no mercado para garantir um aumento na produção, e a irrigação é um dos fatores que podem beneficiar”, fala.
