A Oftalmolaser realizará no sábado, 20 de setembro, a quarta edição do Mutirão do Retinoblastoma. O evento acontece das 8h às 12h, na sede do Hospital de Olhos, no Euromarket, na Avenida Antônio Canhetti, 69, Jardim Cambuy.
Durante a ação, as crianças passarão por mapeamento de retina, exame capaz de identificar alterações na camada de tecido localizada no fundo do olho. O objetivo é prevenir, rastrear e tratar precocemente o retinoblastoma.
A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. Os pais devem inscrever os filhos pelo site www.oftalmolaser.med.br. Mais informações estão disponíveis pelo WhatsApp (99790-4541).
Após a inscrição, a Oftalmolaser agenda um horário específico para cada criança. No dia do evento, os participantes passam por triagem inicial junto com os responsáveis. Em seguida, as pupilas das crianças são dilatadas e, após o tempo adequado, o exame é realizado.
O retinoblastoma é um câncer ocular que atinge a retina, estrutura sensível à luz localizada no fundo do olho. A doença é mais comum em crianças pequenas e, em muitos casos, tem origem hereditária. Ela se desenvolve quando células da retina se multiplicam de forma descontrolada, formando um tumor.
Os sinais mais frequentes incluem um reflexo branco nas pupilas — conhecido como “olho de gato” — em vez do reflexo vermelho habitual, além de estrabismo (olhos desalinhados) e perda de visão. Em estágios mais avançados, o tumor pode provocar dor e inchaço.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o retinoblastoma representou 4% dos cânceres infantis em 2022. No Brasil, cerca de 400 casos são diagnosticados anualmente, a maioria em crianças com menos de cinco anos. Sem tratamento, pode causar a perda do globo ocular ou até levar à morte.
Dados do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) indicam que 60% dos casos afetam apenas um olho (retinoblastoma unilateral) e 40% atingem os dois olhos (retinoblastoma bilateral).
O Mutirão do Retinoblastoma integra a campanha “De Olho nos Olhinhos”, iniciativa criada pelos jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, pais de Lua, diagnosticada ainda nos primeiros anos de infância. A campanha acontece sempre em setembro, mês em que a menina iniciou o tratamento.