Em Presidente Prudente, André Heller, que vestiu a camisa da seleção brasileira, destacou o rendimento da equipe no Mundial. A equipe comandada pelo técnico Bernardinho foi derrotada no último domingo, pela Polônia, pelos donos da casa por 3 sets a 1 (18/25, 25/22, 25/23 e 25/22). O resultado acabou com o sonho da seleção de entrar para a história. Se vencesse seria a primeira a conquistar quatro títulos consecutivos do Campeonato Mundial. "Eu tenho visto muita gente questionando a derrota, mas eu faço outra pergunta. Por que o Brasil segue conquistando medalha? A medalha de prata é um título muito importante no voleibol mundial, pra uma seleção que está em processo de construção das suas características".
André Heller atuou por 12 anos pela seleção brasileiraO treinador criticou duramente os membros da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), após o encerramento dos jogos. "Eu não estava lá e acho que seria leviano da minha parte fazer um comentário a respeito desse assunto, espero sinceramente que não esteja acontecendo".
Heller fala também que esse processo é diferente para cada geração e que a verde e amarela ainda tem muito para conquistar e que esse elenco que está sendo formado chegará muito forte para as Olimpíadas do Rio em 2016. "Para cada seleção é um processo, isso é diferente de uma geração para outra, na minha não foi assim, mas é uma seleção vitoriosa e vai continuar trazendo títulos para o Brasil. Eu acredito que a seleção nesse ano vai chegar ao seu auge. E ainda mais forte para os Jogos ", afirma.
No entanto, o ex-jogador foi categórico em dizer que não só atletas, mas todo o cidadão precisa se preocupar em como as coisas estão sendo tratadas em relação ao evento do Rio de Janeiro. "A gente não pode deixar de lado outras preocupações. Qual o legado que isso vai deixar? O esporte é uma delas, mas tantas outras na frente. Saúde, educação, educação vem nos três primeiros pilares, embora o esporte esteja por ali por ser uma ferramenta. Muita coisa boa pode acontecer, mas temos que ter essa preocupação", conclui.
Grêmio Prudente requer apoio dentro e fora do campo para subir à Série A-3
O futebol profissional de Presidente Prudente vive clima de euforia. Esse ambiente é fruto da classificação do Grêmio para a quarta e decisiva etapa do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. A equipe está a seis jogos de conquistar, pela primeira vez, o acesso à Série A-3. É um "novo campeonato" e com oito clubes de olho em quatro vagas. Alcançar a vaga no grupo 14 não foi tarefa fácil. Os gremistas conseguiram com o empate sem gols com a Portuguesa Santista e a vitória do Guariba ante o Paulínia por apenas um gol de diferença.
Esse entusiasmo pela ascensão ocorreu pela última vez em 2007. Já passaram sete anos. Naquela ocasião, o extinto Opec (Oeste Paulista Esporte Clube) – hoje Grêmio Prudente –, carimbou a subida e ainda garantiu o título da Segundona. Apesar de atingir a meta, o time sofreu com atrasos de salários. Entretanto, o elenco se uniu e enfrentou as adversidades. É essencial que os atuais mandatários gremistas, bem como os jogadores, se espelhem na vontade e determinação da equipe que vestia laranja para superar os percalços nesta fase.
O Grêmio Prudente passou sufoco na terceira etapa. E isso serve de experiência e de bagagem. A competição é longa, desgastante e com o afunilamento restam apenas aqueles que elaboraram projetos. Além disso, o respaldo da diretoria é fundamental para colocar esses planos em ação. Trabalhar com futebol profissional, principalmente no interior paulista, requer habilidade administrativa, companheirismo e transparência. Outro ponto crucial é a presença da iniciativa privada que oferece suporte e ajuda na saúde financeira do clube.
Além do esforço fora das quatro linhas, o Grêmio precisará na quarta fase – está no grupo 19 – apresentar um futebol mais qualificado e aguerrido. É um trabalho minucioso e exige estudo das características do rival, como jogam, os pontos corretos, as fragilidades e as condições do estádio. Com certeza, os adversários vão procurar conhecer a estrutura gremista. É a batalha de bastidores. A chave é difícil. Olímpia e Nacional são tradicionais e já estiveram em séries A-2 e A-3. O Primavera, por exemplo, chega com vontade de ascender.
O futebol valoriza quem trabalha e tem responsabilidade em sua execução. Apesar de ser uma atmosfera com pessoas maldosas e que querem se aproveitar de uma oportunidade, a modalidade apresenta, em sua maioria, envolvidos que sabem utilizar o profissionalismo e sem atrapalhar o outro. Os jogadores com vontade, aliado com treino bem executado da comissão técnica e o esforço da comunidade, são fatores que podem ajudar no acesso. A união de forças representa evolução e facilita em todos os aspectos, principalmente no esporte.
Neste momento de entusiasmo a torcida tem papel preponderante. A gestão do Grêmio não pode se esquecer desse público que é fundamental para um time de futebol. Às vezes atrapalha, mas em determinadas ocasiões impulsiona. A presença do torcedor nas arquibancadas do Estádio Paulo Constantino (Prudentão) cresceu pelo rendimento da equipe na Segundona. Ações foram realizadas e isso significa que a diretoria está conectada com a situação. É primordial que mais estímulos continuem. Além disso, os cidadãos precisam nesta fase apoiar, de forma veemente, o Grêmio. A subida representará a valorização do trabalho e a força futebolística da capital da Alta Sorocabana.