Exageros

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da cebola e do Cebolinha

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 19/05/2022
Horário 05:30

Vivemos a época dos exageros ou é apenas impressão minha? Ou seria este o tempo da paranoia absurda e descontrolada? Agora, homem não pode mais olhar pra mulher insistentemente porque isso caracteriza assédio sexual. Façam-me o favor e poupem-me. É muita besteira. 
Na Inglaterra, por exemplo, se o sujeito olhar fixamente para uma fêmea por longo tempo ele corre o risco de ir em cana e olhar o sol nascer redondo mesmo, se bem que o sol quase não dá as caras no Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte (crônica também é cultura).
Homens e mulheres trocam olhares e isso é a coisa mais normal do mundo. Tem homem que não tira os olhos de uma mulher e vice-versa, ou seja, pode existir a tal de reciprocidade. Se um cara olha muito para uma mulher, seja moça ou senhora, isso não quer dizer que ele seja um perigoso serial killer, um tarado - ou estuprador -, que precisa ser preso imediatamente.
Prisão só se justifica se o homem demonstrar que realmente é um perigo ambulante que ataca as mulheres, depois de mirá-las (gostaram do mirá-las?) com muita insistência no metrô, no ônibus ou na rua. A meu ver, na maioria das vezes, o sujeito tem boas intenções, quer namorar a mulher, ter um caso com ela e isso faz parte da vida.
É a paquera ou a paquera, agora, também está enquadrada como assédio? Ora, tenham paciência. Não pode mais paquerar? É proibido paquerar? Namoro e relacionamento começam com a troca de  olhares. Ele olha, ela olha e se grudam.
É amor à primeira vista e isso lembra uma frase da saudosa atriz Mae West, irônica e sapeca, uma espécie de Dercy Gonçalves americana. Adaptei a frase, que é a seguinte: "Amor à primeira vista tem a vantagem de dispensar novas olhadelas, o que evita torcicolo".  Mulher, se o sujeito te olhar muito, mas muito mesmo, convém se precaver, mas se ele olhar ternamente, mesmo de forma insistente, ele quer te namorar.
Em uma crônica saborosa, o Stanislaw Ponte Preta conta o causo, passado a ele pelo saudoso ator Milton Moraes, sobre dois trabalhadores de uma obra no Rio de Janeiro. Um deles mexia com tudo que era mulher que passava na frente da obra. 
Assobiava e acrescentava "gostosa". Nenhuma dava bola pro paquerador. Os dois estavam sujos por causa da poeira, cimento, cal e o escambau. Aí o amigo do sujeito ponderou: "Escuta aqui, cara, você todo sujo acha que alguma mulher vai te dar bola?" Ele deu uma cuspida e respondeu: "Tarveis tem alguma tarada". Mais não disse nem lhe foi perguntado.

DROPS

Filme da Semana em Kiev: "O Caçador de Nazistas", estrelando Vladimir Putin e grande elenco.

A Ucrânia ganhou a guerra... midiática.

Cachorro mordido por cobra tem medo de barbante.

Se não houver uma longa estiagem, muita água vai passar debaixo da ponte.

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