Exposição “A Olhos Nus” tem início nesta terça no Matarazzo

Sergio Servantes apresenta em torno de 28 desenhos diversos, com cores vibrantes, que até pouco tempo, final de 2021, eram apreciados apenas por sua família e amigos 

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 04/07/2023
Horário 06:33
Foto: Sinomar Calmona
Sergio Servantes se inspira muito na natureza para criar seus desenhos
Sergio Servantes se inspira muito na natureza para criar seus desenhos

De hoje até o dia 29 de julho, quem passar pela a Galeria Takeo Sawada, no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente, poderá apreciar a exposição “A Olhos Nus”, do empresário e consultor de gestão, Sergio Luiz Perini Servantes, que apresenta em torno de 28 desenhos geométricos diversos, com cores vibrantes e formas precisas. Na noite de ontem, teve um coquetel de lançamento.

Ele, que diz não ser um artista, se nomeia como um desenhador, que faz desenhos pelo computador, pelo apache (software livre), os manda imprimir através de uma plotadora, de altíssima qualidade que imprime em sete a oito cores em tinta látex sobre o tecido canvas que é todo tramado, semelhante à tela de uma pintura. Sérgio explica que é impresso porque é incapaz de desenhar coisas retas, com curvas precisas. No começo tentou fazer com registros, que chamam de máscaras, mas não deu certo. Porque ele queria os desenhos, as figuras bem delimitadas com o máximo de precisão. “Então eu gero todas as imagens no computador, as mando para a Art Gesso que as imprimem, montam e enquadram, ou seja, colocam no chassis pra mim”, salienta. 

Por que “A Olhos Nus”? Sergio explica que tem muito a ver com a questão de que ele fazia seus desenhos para ele e no máximo sua família. Não tinha pretensão alguma de que outras pessoas os vissem. “Mostro-me um bom tanto nessas obras. E não queria que muita gente as visse, e, portanto, a mim. Quando decidi que as pessoas precisavam sim ver minha arte, me veriam também, afinal, uma coisa leva a outra. E ‘Olhos Nus’ porque está tudo nos desenhos. Não precisa de nada para visualizar o que está explícito”, ressalta o artista, acrescentando que no máximo ao lado dos quadros tem pequenas placas com o nome das obras e um texto que escreve sobre ela.

Há tempo pra tudo

“Tem um poeta que diz que ao longo do tempo nos tornamos em quem somos. E entendo que isso é muito interessante, até mesmo porque a vida é feita de ciclos. Uns abrem, outros encerram, às vezes você está em um vem dois, três subciclos, e se a gente perceber que a vida é desse jeito fica melhor pra enfrentar as adversidades e aproveitar a parte boa”, exalta ele para expor que entende que essa exposição é o reflexo de uma etapa da sua vida. 

Ele acentua que diria que chegou o momento em que eu não tem preocupação alguma em que as pessoas vejam quem exatamente é, como é e o que está fazendo. E também concluiu que faz uma coisa muito bacana e que merece ser vista. 

Então a mensagem que Sergio poderia passar sem pretensão alguma é para que as pessoas possam ir até o Matarazzo para se deparar com uma oportunidade boa de elevar o pensamento, fazer um bem para sua alma que em alguns momentos se inquietará em outros sonhará. “Enfim, terá um momento bastante emocionado pelas cores e formas. As obras farão com que você remeta para dias, épocas da sua vida. Acho que a proposta final da arte é esta: fazer a gente refletir, se emocionar, respirar fundo e ganhar mais um bom tanto de energia para continuar com a vida!”, exclama o consultor de gestão.

Tomar a decisão

Sergio diz que o tempo de produção dos desenhos depende muito. Segundo ele, tem aqueles que em um dia, um e meio ficam prontos. Outros podem levar uma, duas semanas. A questão é tomar a decisão para que o escolhido seja daquele jeito realmente. Isso que toma tempo: se inspirar, observar, analisar. Ele comenta que normalmente olha muito para a natureza, vê imagens e a partir delas se inspira para fazer algo próximo. 

“Tem um desenho, por exemplo, que se chama ‘Borboleta Surpresa’, que fui pegar algo na geladeira, e ao lado dela tem um freezer que é mais baixinho e quando olhei tinha uma borboleta linda na parede. Acendi a luz, peguei meu celular e a fotografei já pensando em fazer um quadro daquela ‘surpresa’”, diz.

Assim são com os bichos, como o rinoceronte, por exemplo, ele pega uma foto e a partir dos volumes dela faz a sua arte. Já para os geométricos não se baseia em nada. São percepções que ele tem. “Essa linha nova em curvas tem a ver com algumas tatoos que eu queria fazer, depois desisti e virou obra...”, conta.

SERVIÇO
Interessados em apreciar a exposição de Sérgio Servantes, a visitação é gratuita e ocorre de segunda-feira a sábado, das 8h30 às 22h e aos domingos e feriados, das 16h às 22h.

Sinomar Calmona

Para os geométricos, não se baseia em nada, são percepções que ele tem

Publicidade

Veja também