A imagem está presente na vida de Sergio Luiz Perini Servantes desde que ele tinha 17 anos, quando conseguiu a sua primeira câmera fotográfica. Desde então, foi aprimorando equipamentos. Na sequência, trabalhou em uma agência de publicidade, na área de produção gráfica. Depois a convite de um amigo teve uma empresa de brinquedos pedagógicos em madeira, voltados para escolas. “Mas, as crianças são bem básicas e o que as chama atenção são cores vivas, digo que são ‘cores que não enganam e não se deixam enganar’, como amarelo, azul, verde, vermelho, no máximo três tons, por exemplo, de verde... E assim desenvolvi um gosto muito grande por essas cores”, expõe o desenhador, que está com sua exposição no Centro Cultural Matarazzo até o dia 29.
Segundo ele, seguramente vem fazendo esse tipo de trabalho/arte em computador há uns 15, 20 anos. Mas mostrava apenas para a sua família. Nunca quis que ninguém as visse, e muito menos tinha a pretensão de expor. Até que vendo os quadros que eu vinha imprimindo para colocar em sua casa recebeu o convite da Art Gesso para expor na loja, no final de 2021. E por não querer aparecer e tal, nem divulgou.
“Só que depois disso perdi o medo e decidi que todo mundo tinha que ver sim o que eu fazia. Tentamos uma data para o Matarazzo, mas não tinha agenda. Até que quando abriram novas vagas, conseguimos duas datas, agora para esta exposição e, em agosto, para outro projeto em madeira...”, adianta.
Além da família que cobrava, incentivava tanto para que ele expusesse, não só a família de sangue, mas aquelas de coração que frequentam sua casa fazem parte dessa exposição. “Além da possibilidade de ser no Matarazzo e da Secult [Secretaria Municipal de Cultura] ter essa disposição de acolher as pessoas e mostrar o que estão fazendo”, agradece o desenhador, como se intitula.
