Fabio Nougueira volta a dirigir e anuncia novo projeto de teatro

“Era outra vez", que deve estrear em setembro, é composto por cinco espetáculos para crianças, adaptados de contos conhecidos

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 06/08/2015
Horário 09:08
 

Após quatro anos, José Fábio Sousa Nougueira, secretário municipal de Cultura de Presidente Prudente, volta a dirigir no teatro, e com um projeto especial, intitulado As Sapekas, com "Era outra vez". Composta por cinco espetáculos direcionados às crianças, a ação será apresentada, principalmente, em escolas. A primeira peça, "O Soldadinho de Chumbo", está com estreia prevista para a segunda quinzena de setembro.

Toda a equipe é composta por artistas prudentinos, a começar pelas atrizes Giovana Galindo, que viverá a Teka, e Juliana Negrão, a Leka. Os textos são de Gisele Galindo; músicas de Jotacê Cardoso; figurino e adereços de Nelma Melo; e os jogos e preparação interativa do produtor cultural Adolfo Tiago Ferreira Lima, mais conhecido como o Tio Chimu.

Jornal O Imparcial Projeto com As Sapekas foi apresentado nesta semana no jornal

De acordo com o diretor, Gisele Galindo adaptou todos os textos de "histórias infantis" onde estão incluídos temas totalmente atuais. "No caso do ‘Soldadinho de Chumbo’, por exemplo, abordaremos a questão da criança com necessidades especiais . Estamos fazendo ‘teatro para crianças’, com tudo produzido , especialmente, de acordo com o mundo delas", enfatiza Nougueira.

E revela que as próximas montagens devem ser: "João e Maria", que abordará o relacionamento entre pais e filhos; "Chapeuzinho Vermelho" e os "Os três porquinhos", como mote na defesa do meio ambiente; e a quinta, "O patinho feio".

"Cada espetáculo será encenado em torno de 50 minutos de interatividade total com as crianças, lhes promovendo muita alegria. Devemos apresentar até novembro, sempre em escolas. Pode ser que façamos uma apresentação especial, para crianças convidadas em uma sala do Centro Cultural Matarazzo", salienta.

 

Prioridades

Nougueira pontua que não foi por falta de vontade que esteve ausente das direções teatrais, mas de tempo mesmo. Segundo ele, a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) exige muito trabalho, responsabilidade e uma atenção especial. "Outro fator muito importante é que também tenho me dedicado mais à minha vida pessoal, principalmente às minhas filhas", pontua.

O diretor conta que Juliana Negrão lhe propôs dirigi-la em um espetáculo (ela havia feito teatro com ele na Companhia de Teatro da Unoeste – Universidade do Oeste Paulista – entre 1999 e 2000). E ele estava com este projeto de fazer teatro para crianças, engavetado.

"Mas era algo de um jeito diferente do que já havia feito, e também do que tenho assistido na maioria das vezes... não gosto dos contos infantis. Acho que todos têm algum tipo de violência implícita, e eu queria recontar alguns de outra maneira... foi aí que a Gisele ouviu o que eu queria, e topou escrever os textos, realizando este meu sonho!", exclama.

 

Produções

Nougueira já dirigiu, entre outras: "Madame Blavatsky" (Plínio Marcos), "Ponto de Partida" (Gianfrancesco Guarnieri), "Fábrica de Chocolate" (Mário Prata), "Valsa Nº 6" (Nelson Rodrigues), "Liberdade Liberdade" (Flávio Rangel e Millôr Fernandes), "Pássaros" e "A Lágrima de Einstein" (autoria própria).

"Sempre digo que ‘estou’ secretário, e que ‘sou’ um homem de teatro desde os meus 11 anos de idade, quando subi em um palco pela primeira vez, na cidade de Petrolina . É meu mundo, é onde sei pisar com mais segurança e tranquilidade", ressalta.
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