Febre aftosa: vacinação é a forma mais eficiente e barata de prevenção 

EDITORIAL -

Data 05/11/2022
Horário 04:15

Causada por um vírus, que se divide em diferentes tipos, a febre aftosa é uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais, acometendo espécies biunguladas (de casco fendido), como bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, independente da idade. Com rápida disseminação, pode dizimar criações inteiras.
Pensando em manter a qualidade dos rebanhos e conseguir, consequentemente, sucesso nas vendas, é que os criadores devem priorizar neste mês, quando ocorre a segunda etapa da campanha, a vacinação contra a febre aftosa. O prazo para eles imunizarem bovídeos (bovinos e bubalinos) contra a doença começou na terça-feira e segue até o dia 30. Diferentemente do que aconteceu no primeiro semestre, agora serão protegidos os animais de todas as idades.
A expectativa dos três EDAs (Escritórios de Defesa Agropecuária) da região, conforme matéria divulgada ontem em O Imparcial, é vacinar no período cerca de 1.869.470 animais, sendo 327.558 na coordenadoria regional de Dracena; 744.775 na circunscrição regional de Presidente Prudente; e 797.137 na área regional de Presidente Venceslau.
Para isso, basta que o produtor rural adquira a dose em uma revenda de produtos veterinários, autorizada pelo Ministério da Agricultura, não se esquecendo de entregar até o dia 7 de dezembro, de forma online, ou presencialmente nos postos de atendimento do órgão, a declaração de vacinação do rebanho. Aqueles que não comprovarem o ato estão sujeitos a multas e ficam proibidos de comercializar os animais. 
O ideal é não deixar para a última hora. Além de multa por cada cabeça não vacinada, existe ainda, e principalmente, o risco da contaminação.
Já que não existe um tratamento específico conta a febre aftosa, é bem melhor prevenir, do que arcar com todos os danos que virão depois. Com animais doentes, o criador fica impossibilitado de vender ou transportar seu rebanho, até que regularize sua situação. O que vem depois? Importantes perdas econômicas, tanto pelos pequenos como pelos grandes pecuaristas, principalmente pela restrição ao mercado internacional. Mesmo quando se consegue comprovar que o problema está sob controle, muitos países preferem fechar suas fronteiras a comprar um produto duvidoso.
Por isso a vacinação – que desde 2014 atinge índices em São Paulo acima de 99% - não pode ser deixada de lado. Muito mais que prevenir, acaba sendo um grande investimento. 
 

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