Disputar um Mundial é o desejo de qualquer competidor. Em maio de 2016, o aeromodelista prudentino Fernando Gesse, 46 anos, irá realizar este sonho. No início de novembro, ele recebeu a convocação para representar o Brasil no evento internacional que ocorrerá na Austrália. De acordo com o próprio Fernando, a felicidade é "inexplicável", já que foram dois anos de empenho e dedicação para atingir o objetivo.
O prudentino revela ainda que ao longo desse período rodou cerca de 25 mil km (quilômetros). "Eu fui em 100% das provas, sou o único competidor brasileiro presente em todas do circuito. Apesar de em determinados lugares não voar muito bem, já que cada pista e cidade são de um jeito, as competições não deixam de ser um aprendizado", afirma.
Prudentino, amante do aeromodelismo e helimodelismo, foi convocado em novembro
Fernando conta que a principal dificuldade para desenvolver as habilidades é a falta de um lugar para treinar. "Eu fico uma semana aqui e outra em São Paulo. E como não temos pista na cidade, eu acabo tendo que adequar os meus dias e horários para realizar os treinos por lá. Tenho alguns amigos que colaboram comigo, me ajudam", relata.
Uma alternativa, segundo o apaixonado pelo aeromodelismo, é treinar no campo próximo a Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja. "Eu tenho muita amizade com o padre de lá e ele me cedeu o espaço, mas não é o ideal, já que tem muitas árvores", pontua ele, que também gosta do helimodelismo.
Planejamento
De acordo com Fernando, ele deverá chegar na Austrália dez dias antes do evento para "se adaptar" e levará consigo duas aeronaves. "Contratamos uma equipe que está desenvolvendo dois aviões que devem ficar prontos até janeiro. Um especificamente para a competição e o outro para treinar. Eles são elétricos e eu vou poder desenvolver sozinho, o que vai me adiantar bastante", explica.
Fernando fala que brincar com um aeromodelo não é um bicho de sete cabeças e que eventos como o 3º Encontro de Aeromodelismo e Helimodelismo do Costa & Cia Lazer, que ocorreu recentemente em Álvares Machado, assim como a Cipa (Copa do Interior Paulista de Aeromodelismo), realizada em Prudente, servem para desmistificar isso. "O pessoal pensa que é caro, mas não requer um grande investimento para brincar", garante.
