Filho fala da alegria em ver mais uma edição do festival de pipas que leva o nome de seu pai

João Carlos Albieri, filho de Raul Albieri (in memoriam), confirma que assim, como todos os anos, estará presente no evento domingo, na Cidade da Criança

Esportes - DA REDAÇÃO

Data 18/08/2023
Horário 22:28
Foto: Cedida
Albieri em exposição no museu e Arquivo Histórico com todas as publicações do evento desde 81
Albieri em exposição no museu e Arquivo Histórico com todas as publicações do evento desde 81

“Só posso me sentir honrado. Sentimo-nos agradecidos e felizes, pela continuidade de um evento que iniciou lá em 1981 e permanece até hoje com sucesso”, diz João Carlos Albieri, filho de Raul Albieri (in memoriam), que dá nome ao Festival de Pipas de Presidente Prudente. O evento chega em sua 36ª edição, neste domingo, no Kartódromo da Cidade da Criança

Ele menciona que atualmente vem sendo abraçado pela Prefeitura, através do setor de Turismo, mas anteriormente era apenas o jornal O Imparcial que elaborava, organizava e executava tudo. 

Esse crédito, segundo ele assim por dizer, pertence ao O Imparcial, que o criou com a ideia de fazer um evento direcionado às famílias, à comunicação das famílias. “O objetivo ainda o é, muito embora muitas das vezes não é bem assim interpretado. É um dos únicos eventos na cidade direcionado aos pais, filhos, avós, tios, netos, onde todos se integram com a única intenção de soltar a pipas”, acentua Albieri, citando que se trata de uma recriação secular, que começou pela China, segundo as histórias que têm conhecimento. 

Por que Raul Albieri?

João Carlos conta que com o falecimento de seu pai, em 1985, os responsáveis do jornal fizeram uma reunião juntamente com membros da sociedade prudentina e foi decidido que Raul Albieri seria o patrono. 

Primeiro, por ele participar desde o primeiro encontro. Segundo, porque ele era um dos mais velhos. “E terceiro, porque soltou uma pipa como ninguém, com suas carretilhas, sua maneira simples de ser, mas que demonstrava adorar fazer isso”, lembra o filho. 

Hoje o festival faz parte do Calendário Turístico do Estado de São Paulo, e do calendário de aniversário de Presidente Prudente. “E nós temos também isso tudo amparado pela Lei 10.139/2020, quando ficou definido que todo terceiro domingo de agosto, anualmente, o festival deveria ser realizado no Centro Olímpico, no Parque do Povo, um lugar amplo, aberto, próprio para isso”, comenta. 

João Carlos Albieri diz que embora esteja feliz e agradecido por essa 36ª edição, discorda com o local que é “indevido, cheio de obstáculos”. Ele enfatiza que faz essa observação porque existe um local apropriado, definido por lei, e que nesse dia está à disposição do festival. Por outro lado, ele não quer que interpretem como uma crítica ou exigência demasiada, mas sua preocupação se justifica por uma questão de segurança, de praticidade, um local propício, em campo aberto. 

“No mais, nos sentimos muito felizes e temos a certeza de que o seu Raul, lá no céu, deve estar bem feliz porque ele dava a vida para isso. Foi um grande cidadão, uma pessoa simples, gostava de criança e de soltar pipa. Foi baloeiro em São Paulo, vindo para o interior em 1933, observou-se que aqui tinha muita casa de madeira, então ele parou de fazer balão e começou a fazer pipa”, relembra o filho do patrono.

Agradecimentos ao O Imparcial

Não existe interesse monetário nesse evento que é feito pelo amor e parceiros que se predispõem a colaborar e ajudar. “A Vânia Ferreira, do O Imparcial, que vem se dedicando todos esses anos. O Sinomar, que vem se desdobrando, colaborando de maneira muito especial para que esse evento não morra. Pensa bem, nenhum prefeito criou nos últimos anos um evento que fosse direcionado à família”, pontua Albieri. E ele realmente deseja que o evento não morra, não só por estar em nome do seu pai, mas no sentido de o seu objetivo ser a integração familiar, nada mais do que isso. 

“Estarei presente como todos os anos e que Deus me dê mais alguns para ir até o fim. Se Deus quiser, o ano que vem voltaremos ao local de origem, que é o campo do Centro Olímpico, porque lá a área é digna para esse tipo de evento, inclusive as pipas são enormes, e lá tem espaço para tudo isso”, explana João Carlos. 

Cedida

Carretilhas, varetas do patrono que foram expostas

 

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