Fim de semana prolongado tem show de pop, espetáculos em Libras e palhaçaria no Sesc 

Algumas das ações integram a Virada Inclusiva, que promove a cultura do acesso e o protagonismo das pessoas com deficiência

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 06/12/2025
Horário 06:01
Foto: Ismael Derruci
Programação começa neste sábado, às 16h, com o show “Tudo Azul”, em que André Bolela revisita grandes sucessos de Lulu Santos
Programação começa neste sábado, às 16h, com o show “Tudo Azul”, em que André Bolela revisita grandes sucessos de Lulu Santos

Música, artes cênicas, acessibilidade e encontros entre públicos diversos compõem a programação do Sesc Thermas de Presidente Prudente neste final de semana prolongado, que vai de hoje à segunda-feira (8), feriado municipal em celebração a Imaculada Conceição. A grade de atividades reúne tributo ao cantor Lulu Santos e o pop brasileiro, vivência de sensibilização à cultura surda, teatro acessível em Libras e espetáculo circense repleto de humor e acrobacias. Tudo gratuito e aberto a todos os públicos.

A programação começa neste sábado, às 16h, com o show “Tudo Azul”, em que André Bolela revisita grandes sucessos de Lulu Santos. Na Área de Convivência, o público poderá cantar junto clássicos que marcaram gerações e que seguem ecoando no imaginário musical do país.

No domingo, a manhã é dedicada ao encontro com novas formas de perceber e comunicar o mundo. Das 11h às 13h, no Bosque, o gRUPO êBA! conduz a vivência “Abrindo os Poros, Estendendo as Mãos: Sensibilização à Cultura Surda”, que propõe refletir sobre acessibilidade, presença e escuta ampliada. A atividade é voltada a participantes a partir de 12 anos, com retirada de senhas 30 minutos antes.

Ainda no domingo, às 16h, na Área de Convivência, o grupo retorna com o espetáculo “Menina Pássara”. A obra acompanha a jornada de uma personagem que nasce diferente e parte em busca de sua língua, suas origens e seu lugar no mundo. A apresentação é acessível em Libras.

Inspirado no livro “O Grito da Gaivota”, da escritora francesa surda Emmanuelle Laborit, o grupo criou uma aventura em que som e silêncio dialogam para construir um momento lúdico, repleto de brincadeiras, sons e recursos visuais, pensado para quem ouve com os ouvidos e também com os olhos.

A peça narrada em português e em Libras (íngua Brasileira de Sinais), e protagonizada por uma artista surda, já integrou a programação de diversos eventos. Em 2022, a história da Menina Pássara foi adaptada para livro, com apoio da Editora Aletria e do Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, da Prefeitura de São Paulo.

Fundado no início de 2012, O gRUPO êBA! surgiu em São Paulo, a partir da junção entre diferentes campos de interesse: contação de histórias, brincadeiras infantis, cultura popular e cultura surda. A partir dessas quatro bases, o grupo desenvolveu técnicas de narração capazes de aproximar públicos surdos e ouvintes, trajetória que também se desdobrou em oficinas, cursos, formações de educadores e intervenções teatrais.

Tanto a vivência quanto o espetáculo do gRUPO êBA! integram a participação do Sesc SP na Virada Inclusiva 2025, reverberando a relevância dos 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão como principal marco legal de direitos da população com deficiência no Brasil. São atividades que promovem a cultura do acesso e o fortalecimento do protagonismo de artistas, atletas e demais profissionais com deficiência, buscando fomentar uma cultura anticapacitista.

Feriado

Na segunda-feira (8/12), às 16h, o Bosque se transforma em picadeiro com o “Circo de Variedades Baitaclã”, da Cia Baitaclã. Reunindo artistas de diferentes trajetórias e companhias, o coletivo propõe um encontro vibrante que mistura números circenses, música ao vivo, dança e palhaçaria, celebrando a convivência entre clãs, estilos e histórias diversas.

Fundada em 1997, a Cia Baitaclã construiu uma trajetória marcada pela pesquisa em teatro cômico-popular, circo e música, sempre voltada à cultura brasileira e afro-diaspórica. Seu elenco reúne profissionais, muitos ligados a grupos como Doutores da Alegria, Trupe Dunavô e Caravana Tapioca, o que fortalece a diversidade estética presente em seus espetáculos. Humor, dança, performances circenses e música executada ao vivo formam a base das criações do grupo.

À frente da companhia está Heraldo Firmino, fundador e diretor artístico, que soma mais de 30 anos de experiência dedicados à formação e à cena teatral. Com sua condução, a Baitaclã já produziu dez espetáculos, participou de festivais em diferentes regiões do país e realizou oficinas que abordam temas como identidade, ancestralidade e cultura popular. Entre as obras que marcaram sua trajetória estão Olhos D’Água, Palhaços de Garagem e Adivinha Só!, reconhecidas por prêmios como APCA e Femsa.

Clakeithy

Vivência, amanhã, propõe refletir sobre acessibilidade, presença e escuta ampliada

Divulgação

“Menina Pássara”: uma aventura em que som e silêncio dialogam para construir um momento lúdico

Leu Britto

Na segunda (8/12), às 16h, o Bosque se transforma em picadeiro com o “Circo de Variedades Baitaclã”

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