Fogo em entulho gera fumaça e incômodo a moradores

Terreno às margens da Rodovia Júlio Budiski é utilizado regularmente pela Prefeitura para depósito de galhos e folhagens dos munícipes

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 04/10/2018
Horário 09:09
Marcio Oliveira - Fumaça ocasionada pelo fogo é o principal problema, segundo moradores
Marcio Oliveira - Fumaça ocasionada pelo fogo é o principal problema, segundo moradores

Às margens da Rodovia Júlio Budiski, as ruas do bairro Limoeiro, em Presidente Prudente, formam o caminho que levam até um terreno municipal próximo ao local, área essa utilizada regularmente pela Prefeitura como um depósito de galhos e folhagens dos munícipes. Mas o problema em questão, segundo os moradores do entorno, é a fumaça causada pelo fogo ateado nos dejetos por li dispersados, que tem gerado incômodo à população, em vista da qualidade do ar. Eles ainda reclamam dos materiais que ficam pelas ruas, que caem dos caminhões responsáveis por levar os entulhos até o reservatório.

Para quem vive por ali, a situação, mais do que incomodar, também impede que as atividades rotineiras sejam feitas, como até mesmo dormir. José Pedro da Silva é um dos que relatam o desconforto causado. O problema maior, para ele, é a fumaça alta gerada pelas chamas. “É horrível você estar na sua casa e não conseguir estender uma roupa no varal sem ficar com o cheiro. Isso sem falar da respiração. Deitar para dormir e se sentir sufocado não tem quem aguente”, completa.

José ainda detalha uma situação em que teve que chamar a polícia, pois havia tantos materiais caídos em frente a sua casa, que mal conseguia entrar no imóvel. “A rua praticamente quase limpa, aí vem os caminhões e passam derrubando galhos e folhas pelo caminho”, lamenta. Assim como ele, Maria Antônia Costa, que mora na vizinhança, diz passar pelo mesmo problema. “E ainda tem a alta velocidade que esses carros passam por aqui. Um perigo”, considera.

Ainda sobre o fogo, a moradora ressalta que nem nos dias em que há chuva ajuda. Na verdade, Maria acha que piora a situação, pois a fumaça se junta ao mormaço e cria uma “situação pior”. “Não temos sossego nem aos finais de semana”, complementa a fala da munícipe, os moradores Marcelo Bagio e José Francisco da Novais, que também moram no local e se sentem “destratados” em meio à situação.

À reportagem, todos informam que procuraram a Prefeitura para relatar os problemas, e a resposta obtida foi de que “as chamas ateadas no local ocorrem no período noturno, por vândalos”, porém, eles afirmam que durante o dia também há ocorrências.

Autorização

Assim como os moradores, a reportagem também detalhou o caso e questionou o Poder Executivo sobre a problemática. Em resposta, por meio da Semea (Secretaria de Meio Ambiente), o a Prefeitura informou que o terreno em questão tem autorização para receber galhos e folhagens dos munícipes. “Funcionários da Semea se deslocam para a área ao longo do dia para receber os detritos mediante prévio agendamento”, enfatiza.

No entanto, a municipalidade também argumenta que “infelizmente, vândalos têm invadido o espaço para despejar outros tipos de materiais em horários em que não há funcionário - à noite e aos finais de semana - inclusive ateando fogo na área”. Aos moradores, diante de um flagrante da prática irregular, o órgão pede que seja feita denuncia à “Prefeitura ou diretamente à polícia”.

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