Está programada para o dia 28, próxima quarta-feira, a remoção para o Rio de Janeiro do fóssil da cintura pélvica de um dinossauro saurópode, de aproximadamente 1 metro no eixo anteroposterior e 2 metros de largura, cuja preparação para o transporte é finalizada na Etec (Escola Técnica Estadual Prof. Dr. Antonio Eufrásio de Toledo), antigo Colégio Agrícola, em Presidente Prudente, nesta semana. De acordo com o diretor da Etec, Thadeu Henrique Novais Spósito, a peça seguirá para a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), campus da Ilha do Fundão, onde será devidamente preparada, com equipamentos e materiais adequados, em um laboratório especializado em paleontologia, para posterior exposição no museu da universidade. Até que o material seja levado, alunos da Etec aproveitam para conferir tal descoberta histórica de perto.
Segundo Thadeu, um preparador da UFRJ permanece em Prudente, aonde chegou em julho, com outros dois pesquisadores da instituição de ensino, para finalizar a preparação do fóssil para a viagem. A peça, como noticiado neste diário, foi encontrada em 2013, em uma expedição coordenada pela professora do campus Fundão da UFRJ, Lilian Paglarelli Bergqvist, com seus alunos, no solo de uma fazenda prestes a ser preparado para o plantio de batata-doce, entre o município de Alfredo Marcondes e o distrito prudentino de Floresta do Sul.
Em 2022, uma operação foi realizada pela Etec para a retirada do fóssil, fragmento de um dinossauro de 500 quilos e 2,3 metros de envergadura, do local onde foi encontrado, para transferência até a sede da escola técnica, onde permaneceu guardado. Em julho deste ano, a peça passou a ser retirada do gesso, com o qual foi revestido ainda em 2022, com foco na preservação, por pesquisadores e alunos, sob a coordenação do professor do Campus de São Gonçalo, da UERJ, André Eduardo Piacentini Pinheiro.
Após nove anos exposto, em fevereiro de 2022, o fóssil foi extraído do sítio em que foi descoberto e descarregado na Etec após um trabalho de mais de duas horas, como uma minirretroescavadeira, que fez desde a retirada da terra que cedeu para debaixo da peça e em seu entorno, até içá-la, colocá-la em cima do caminhão e transportá-la até a escola técnica. Na época, o pesquisador André voltou ao local, coordenando o projeto aprovado por um edital universal do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que envolveu a ação de extração da peça e, juntamente com sua equipe, engessou e preparou o material para sua retirada.