A fotografia tem um poder único: ela congela o tempo. Mais do que simples registros visuais, as imagens guardam histórias, emoções e memórias que atravessam gerações. Em cada clique, está a possibilidade de revisitar o passado, compreender o presente e projetar o futuro. É nesse sentido que a fotografia se torna um documento vivo, capaz de preservar lembranças e revelar capítulos da vida coletiva e individual.
A exposição “Dos Trilhos ao Centenário”, que chega à sua quarta edição, reafirma essa importância. O fotógrafo Marcos Sanches, com seus 35 anos de trajetória, reúne imagens que contam a história de Presidente Prudente por meio de rostos, locais e acontecimentos que marcaram a cidade. No saguão do Teatro Municipal Paulo Roberto Lisbôa, instalado no Centro Cultural Matarazzo, estarão 17 molduras com 34 fotos. Já no Atende Prudente, serão 16 molduras com 32 registros. Cada uma dessas imagens é um convite a se reconhecer na história do município.
Ao abrir as portas para a população até o dia 30, a mostra oferece mais do que arte: oferece memória. Sanches define bem: as fotografias retratam pessoas que chegaram à cidade e contribuíram para o seu progresso, além de momentos e paisagens que ajudam a compor a identidade prudentina. É, portanto, uma oportunidade de “voltar ao passado”, revisitando trajetórias que formaram a base da comunidade.
Mais do que ver fotos, a exposição é um chamado à reflexão: o quanto cada lembrança preservada em uma imagem é capaz de fortalecer os laços de pertencimento e a construção de uma memória coletiva. Afinal, sem fotografia, muitas histórias simplesmente se perderiam no tempo.
