Funcionários do transporte coletivo urbano realizam paralisação em Presidente Prudente

Grupo reivindica o pagamento do vale-alimentação e o adiantamento do vale que seria pago no último dia 20

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 26/05/2021
Horário 09:31
Foto: Roberto Kawasaki

Os funcionários do transporte coletivo urbano de Presidente Prudente iniciaram uma paralisação no começo da manhã de hoje. A categoria reivindica o pagamento do vale-alimentação e o adiantamento  do vale que seria pago no último dia 20. A decisão sobre o protesto, que tem como objetivo chamar a atenção da empresa, ocorreu após assembleia na madrugada. 

No total, cerca de 220 funcionários entre motoristas, cobradores e outros que trabalham internamente, aderiram à greve. Desde as primeiras horas do dia, nenhum ônibus saiu da garagem - situação que parmenece a mesma no começo desta tarde.

Nas imediações do prédio da empresa, funcionários estão reunidos onde aguardam o decorrer da paralisação.

O protesto ocorreu após notificação à Prudente Urbano e à Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) para que os pagamentos fossem efetuados no prazo de 72 horas - que vence amanhã.

Procurada pela reportagem, a empresa diz que "não tem medido esforços, mesmo ao longo da pandemia”. Ainda, cita que possui atuação limitada - tarifa defasada, redução no número de passageiros e aumento de custos, sem subsídio.

Diante deste cenário, salienta que tem buscado, “insistentemente” o Poder Público para que medidas efetivas sejam tomadas, a fim de assegurar a continuidade da prestação dos serviços à comunidade, dado o caráter essencial, para que não haja prejuízos aos cidadãos.

“A empresa lamenta mais uma vez os transtornos aos usuários, acolhe as dificuldades de seus funcionários, mas não vê outra forma além da busca por diálogo como frente para retomar sua operação”. 

Paralisação ilegal

A Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública), considera que a paralisação é ilegal. Isso porque, conforme a administração municipal, a mesma foi informada da possibilidade de greve dos trabalhadores do transporte coletivo há menos de 48 horas, o que contraria a previsão legal que obriga a comunicação de possível greve com no mínimo 72 horas de antecedência.

"Além disso, por se tratar de um serviço essencial, é obrigatória a manutenção de um percentual mínimo de 30% de transporte público em atividade, o que também não aconteceu", afirma.

Ainda de acordo com o Executivo municipal, esta não é a primeira ocorrência deste tipo envolvendo a concessionária de transporte coletivo, mesmo com as seguidas notificações e cobranças por parte da administração municipal.

"Apenas nos últimos meses, foram pelo menos seis reuniões com a diretoria da empresa para buscar consenso entre as partes e a melhora do serviço prestado aos usuários, o que não vem acontecendo na prática. Por conta destes fatores, a Prefeitura pretende iniciar o processo de rescisão contratual unilateral com a concessionária de transporte coletivo por descumprimento de cláusulas contratuais".


Roberto Kawasaki - Paralisação teve início após assembleia realizada nesta madrugada


Roberto Kawasaki - Funcionários estão reunidos desde cedo em frente ao prédio da Prudente Urbano

Publicidade

Veja também