Gasolina em Prudente é a 9ª mais cara, expõe ANP

PRUDENTE - André Esteves

Data 24/06/2016
Horário 09:57
 

Presidente Prudente é o nono município do Estado de São Paulo com a revenda mais alta de gasolina, conforme levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A pesquisa, realizada em 18 postos no período de 12 a 18 junho, aponta que o preço médio do litro do combustível é de R$ 3,676, sendo o preço mínimo de R$ 3,569, e o máximo, R$ 3,699. Ainda de acordo com o balanço, a margem média de lucro dos postos da principal cidade do oeste paulista é de R$ 0,583, visto que o custo do litro da gasolina adquirido nas distribuidoras varia entre R$ 2,970 e R$ 3,150. A síntese de preços considera 113 municípios paulistas.

Jornal O Imparcial Motocicleta é opção de veículo mais econômico

Na listagem, Prudente aparece à frente do preço médio praticado nas bombas de Matão (R$ 3,679), Avaré (R$ 3,683) e Caraguatatuba (R$ 3,707). Na região, Dracena ocupa a 14ª posição do ranking, com preços que variam de R$ 3,350 e R$ 3,530; Adamantina aparece na 70ª, com um valor médio de R$ 3,557; e Presidente Venceslau na 86ª, com o repasse do litro a R$ 3,599, em média. No Estado, Birigui é a cidade com a gasolina mais cara (R$ 3,752). Em contrapartida aos valores mais altos, Jales se destaca com o repasse mais barato do combustível (R$ 3,314), seguida de Araras (R$ 3,355) e Cosmópolis (R$ 3,358).

Segundo o proprietário do Prudentão III, em Prudente, Lourivalter Gonçalves, os donos de postos de abastecimento do município estão "tentando administrar o problema" para conseguir igualar os preços dos combustíveis em nível estadual. "Presidente Prudente está localizada a 600 quilômetros da base de distribuição mais próxima, portanto, o combustível acaba saindo mais caro", explica.

Devido ao atual valor da gasolina no município, o funcionário público Fabrício Ferretti, 34 anos, está deixando seu carro por mais tempo na garagem. "Estou andando mais a pé, pois o preço do combustível chega a arrepiar. Para mim, é um roubo. Com esse monte de usinas que temos espalhadas, não entendo por que valores tão altos", opina.

Durante sua parada no Posto Lar dos Meninos, também em Prudente, a gerente Joérika Silva Canaza, 32 anos, conta que a melhor forma de lidar com este cenário é recorrer à motocicleta, veículo mais econômico. "Na minha casa, como estávamos gastando muito com o carro, compramos uma moto para economizar no combustível", comenta.

Para entender a razão da discrepância nos valores em âmbito estadual, a reportagem tentou entrar em contato com o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), no entanto, não obteve retorno. A demanda foi repassada para a Assessoria de Imprensa da unidade, porém, em dois dias, também não se posicionou.

 
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