O Dia do Feirante, lembrado na segunda-feira, é uma oportunidade de reconhecer a importância de quem mantém viva uma tradição que atravessa gerações. Em Presidente Prudente, a força desse trabalho é evidente. Segundo a Prefeitura, a cidade conta atualmente com 28 feiras ativas e 240 feirantes cadastrados. Entre elas, 19 se destacam pela movimentação, reunindo mais de 15 feirantes cada, o que mostra o quanto esse hábito ainda resiste ao tempo.
As feiras são lugares de encontro, de troca, de convivência. É onde a cidade desperta aos domingos, onde vizinhos se encontram, histórias se cruzam e sabores se perpetuam. Muitos feirantes nasceram e cresceram entre barracas, herdando dos pais e avós o ofício de cultivar, preparar e vender. São famílias inteiras que encontraram na feira não apenas o sustento, mas um estilo de vida, um elo cultural que cria identidade e pertencimento.
Um exemplo emblemático é a feira da Avenida Manoel Goulart, a mais antiga da cidade, declarada patrimônio histórico-cultural e imaterial de Presidente Prudente em dezembro de 2018. É um espaço onde se preservam costumes, cheiros, sabores e tradições que contam parte da história local.
A feira se mantém como resistência, valorizando o pequeno produtor, a economia familiar e a relação de confiança entre quem produz e quem consome. Preservar a feira é preservar a cultura, a simplicidade e a humanidade do comércio direto, olho no olho.
Valorizar os feirantes, portanto, é valorizar quem acorda antes do sol, quem enfrenta o clima e a rotina pesada para que a cidade tenha sempre alimentos frescos, temperos cheirosos e o calor humano que só uma feira oferece. Manter viva essa tradição é responsabilidade coletiva, pois ela não pertence apenas aos feirantes: pertence à cidade inteira.