Já algum tempo que estamos vivenciando momentos bastante tênues, onde o que fazer e falar, ainda, achamos que podemos, e acontece. Democraticamente, pelo fato de sermos cidadãos brasileiros, essa divisão de poder falar o que acha, e fazer o que bem entende, nossa lei nos permite o direito de exposição, desde que tenhamos a sensatez e a responsabilidade adquirida sem enaltecer os excessos abusivos. Já algum tempo que vivenciamos um certo exagero, sem escrúpulos de autoridades em várias áreas, o que em certos momentos nos inibe, nos intimida e isso não sabemos até quando. Seria tudo isso uma batalha? Uma regressão de todos nós, impondo que o inconformado seja o seu momento?
São confrontos diários de situações que ficamos à mercê do que seja inadmissível ou de direito. Chegamos num ponto de que a capacidade humana em certos momentos perdeu o senso da sua dignidade, e isso nos entristece. Erros médicos extremamente fora de cogitação humana, sendo expostos como se fossem normal. Um advogado totalmente fora de si, tendo a postura se vê no direito de agredir usando de sua força brutal como defesa. O policial que não se contenta com a separação, e simplesmente resolve eliminar toda uma família. O professor, que por sua conduta de ensinar, não tendo o retorno desafia quem está em fase de crescimento. Um ou os políticos que acham que são autoridades permanentes, e enaltecem de seus curtos períodos de gestão. Há que ponto chegamos de nossa capacidade, de evolução, e ainda trememos na base, por não sabermos qual educação devemos tomar para ter e dar o seu verdadeiro valor e sentido?
Dias atrás a atitude da cantora Bebel Gilberto, que pisou em uma bandeira nacional durante um show nos Estados Unidos, não é considerada crime, mas uma contravenção (transgressão de dispositivos estabelecidos em regulamentos, contratos ou leis) e passível de multa. A bandeira, assim como o Hino Nacional, as armas nacionais e o selo nacional, é considerada símbolo do país e, quando destruída ou ultrajada em público, o autor está passível de punição.
Seja possível que nossa democracia nos suporta, nos carrega no colo até onde ela considera que seja o ideal, mas caso isso extrapole, existe o limite. Grande parte dos fatos, desses acontecimentos, precisa estar sempre ligada à criação de políticas públicas em qualquer geração, e não estamos longe de qual área escapa as suas verdades, mas chegamos a não entender o que vem acontecendo, já que todos os dias queremos e esperamos dias melhores.
A saúde mental de todos nós urgentemente precisa de atenção, pois daqui alguns segundos, não sabemos o que verdadeiramente pode acontecer. O mundo mudou, e o nosso Brasil pede e solicita socorro. Penso que não seja possível a fase ou o retorno de pão e circo. Será?
