Depois de mais de 120 dias, termina à meia-noite deste sábado mais uma edição do horário brasileiro de verão. Desta forma, os relógios deverão ser atrasados em uma hora. Ao longo do período, iniciado em 18 de outubro do ano passado, as concessionárias de energia elétrica que abastecem as cidades da região de Presidente Prudente registraram uma queda de até 0,55% no consumo. O resultado significou uma redução de aproximadamente 5% na demanda máxima do sistema elétrico no horário considerado como de pico, que compreende as primeiras horas do anoitecer, das 18h às 21h.
Encarregada pela distribuição de energia elétrica a 24 municípios da região de Prudente, a Energisa catalogou uma redução de cerca de 0,43% no consumo, o equivalente a uma economia de 2,2 mil MWh (megawatts-hora). Conforme dados divulgados pela empresa, o total economizado daria para abastecer uma cidade com até 10,7 mil residências durante um mês, ou cerca de 32 mil habitantes.
Auxiliar de cozinha diz que consegue economizar: "Eu gosto, temos mais luz do dia"
Por sua vez, a Elektro acusou uma redução de 0,55% no consumo de energia elétrica em sua área de atuação, que compreende 228 cidades nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com a Assessoria de Imprensa da concessionária, a queda gerou uma economia de 29,6 GWh, que equivale ao consumo de energia elétrica de um município como Pirapozinho, por 187 dias.
Outro benefício verificado pelas empresas com o horário de verão foi a queda na demanda do sistema elétrico nos horários de pico. Enquanto a Energisa contabilizou uma redução na demanda de aproximadamente 5%, a Elektro, que abastece 25 cidades em toda a região, registrou uma economia de 120 MW, o que representa uma queda de 4,6%.
Operação do sistema
Com o objetivo de reduzir o pico de demanda do sistema elétrico brasileiro, bem como a conjunção de alguns fatores, como a mudança de comportamento dos consumidores; o término do expediente de trabalho ainda com luz natural; e o início da utilização da iluminação pública um pouco mais tarde, o horário de verão acarreta em uma queda do consumo de energia, principalmente, no horário de pico, segundo a Elektro.
Para a Energisa, o resultado catalogado ficou dentro dos objetivos esperados com a medida, uma vez que a concessionária conseguiu reduzir não só o consumo, mas principalmente a demanda. "Com o horário de verão reduz-se o esforço do sistema, ou seja, as pessoas mudam seus hábitos, há um alívio no uso das redes de transmissão de energia no horário de pico", destaca, por meio de nota, o gerente de operação do sistema da empresa, Stevon Schettino.
Consumidor
Por outro lado, a população, uma das maiores interessadas no assunto, se divide quanto aos benefícios e a economia gerada pelo horário especial. "Não vejo economia alguma em minhas contas, além disso, o organismo da gente sofre com as mudanças. São dois impactos, quando começa e quando termina", comenta o aposentado Valdevino Aparecido da Rocha, 71 anos. "Eu gosto, temos mais luz do dia e, com isso, conseguimos economizar um pouco nos gastos", considera a auxiliar de cozinha, Fátima Ribeiro, 36 anos.
Qual a sua opinião?
"O que acha do horário de verão?"
Edileide Amaral, 36 anos, empregada doméstica
Gosto do horário normal. No horário de verão tenho que levantar muito cedo e fazer tudo na correria, o que acaba desgastando
Natália Andrade, 24 anos, operadora de caixa
Gosto do horário de verão. Não me atrapalha em nada e ainda temos mais luz do dia para aproveitar o fim de tarde
Maria Neide, 40 anos, dona de casa
Prefiro o horário antigo. Durante o verão fico mais cansada, sem contar que não economizo em nada nas minhas contas
Thaine Oliveira, 17 anos, estudante
Minha preferência é pelo horário de verão. Acho que o tempo passa mais rápido e consigo fazer minhas coisas com mais ânimo
