Com um déficit mensal que gira em torno de R$ 35 mil, a Santa Casa de Santo Anastácio quer que a Prefeitura da cidade aumente o repasse feito ao hospital. Todos os meses, o Executivo do município transfere R$ 133 mil para o hospital manter as despesas. Valor que, de acordo com o provedor do hospital, Luiz Infante, se tornou defasado. Por isso, através de um abaixo-assinado, a santa casa pretende pleitear o aumento dessa verba mensal, para R$ 200 mil.
As dificuldades financeiras da Santa Casa de Santo Anastácio foram expostas no início desta semana, após sete médicos especialistas interromperam as consultas para reivindicar os salários que estavam em atraso desde junho. Na ocasião, os profissionais paralisaram os atendimentos durante três horas e meia e os serviços foram retomados após diálogo da provedoria da unidade com a Prefeitura, que prometeu repassar todos os pagamentos até o dia seguinte, ou seja, terça-feira.
Santa casa atende uma média de 6 mil pacientes todos os meses, apenas no pronto socorro
Segundo Luiz Infante, a transferência foi efetivada, como prometeu o Executivo. E o valor repassado teria sido suficiente para conter o ânimo dos médicos especialistas. Contudo, ele ressalta que o hospital tem um gasto médio mensal de R$ 420 mil, ao passo que as receitas não passam dos R$ 385 mil. "Por isso a conta nunca fecha e o caixa do hospital está sempre em déficit", afirma o provedor.
Do montante de receitas mensais, R$ 176 mil são provenientes do SUS (Sistema Único de Saúde), enquanto que a Prefeitura do município repassa R$ 133 mil. Ao mesmo tempo, as prefeituras de Ribeirão dos Índios e Piquerobi também colaboram com pagamentos mensais, por seus habitantes utilizarem dos serviços prestados pelo hospital. Mas ainda assim, as dívidas da santa casa com fornecedores e médicos beiram os R$ 500 mil, segundo o provedor.
Abaixo assinado
Por esse motivo, o hospital está coletando assinaturas e, quando alcançar o montante de 5 mil apoiadores, pretende apresentar o projeto que autoriza o aumento do repasse do município à santa casa, dos atuais R$ 133 mil para R$ 200 mil, a partir de 2017. "Esperamos arrecadar mais junto à Prefeitura para cobrir esse déficit mensal, além de amortizar nossos débitos com médicos e fornecedores", relata Luiz Infante. A reportagem tentou contato com o prefeito Alaor Aparecido Bernal Dias (PSDB), mas ele não foi localizado para comentar a proposta.
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ATENDIMENTO
Segundo o provedor do hospital, a unidade atende uma média de 6 mil pacientes todos os meses, apenas no pronto socorro. Além disso, ainda conforme Luiz Infante, entre 30 e 35 cirurgias são realizadas na santa casa todos os meses, através do convênio com o SUS. Os pacientes atendidos no local são residentes em Ribeirão dos Índios e Piquerobi, além do próprio município.
