Hospital de Esperança atenderá pacientes com convênio médico

Medida busca reduzir o déficit mensal de mais de R$ 2,2 milhões que a unidade oncológica enfrenta; início desses atendimentos não representa a diminuição dos atendimentos pelo SUS

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 27/01/2022
Horário 06:15
Foto: Cedida
Início de atendimentos com convênio não representa a diminuição dos atendimentos pelo SUS, esclarece HE
Início de atendimentos com convênio não representa a diminuição dos atendimentos pelo SUS, esclarece HE

Na manhã desta quinta-feira (27), o HE (Hospital de Esperança) de Presidente Prudente formalizará o contrato de prestação de serviços junto à Unimed Prudente. A iniciativa objetiva a utilização de parte da estrutura do hospital - que atualmente está ociosa por falta de recursos financeiros – e a diminuição da crise enfrentada.
Segundo o Hospital de Esperança, inicialmente, os atendimentos do convênio representarão cerca de 20% da capacidade total, podendo estender para 40%. Serão ofertados os tratamentos de radioterapia e quimioterapia, consultas ambulatoriais, cirurgias, exames e internações.
“O início desses atendimentos não representa a diminuição dos atendimentos dos pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde]. Hoje nós atendemos além do teto repassado pelo governo federal por meio da gratuidade e esses atendimentos são custeados com recursos de doações da comunidade”, explica o hospital.
Entretanto, mesmo com a instituição excedendo os atendimentos custeados pelo SUS, há uma fila de mais de 100 pacientes que esperam para iniciar o tratamento. “Esses pacientes estão na fila da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde [Cross] aguardando para serem direcionados para o HE ou para o HR [Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo]. Mais do que nunca, necessitamos da ajuda dos municípios da região para superarmos essa crise e acolhermos essas pessoas que aguardam uma vaga. O tratamento contra o câncer exige pressa e não pode parar”, expõe a instituição.

Entenda a crise

O credenciamento do HE ao SUS ocorreu em junho de 2021. Tratou-se de um longo processo de habilitações de serviços que o hospital concretizou passo a passo. Para chegar em condições de recebê-lo, a unidade especializada em oncologia teve que cumprir todas as exigências do SUS. Ou seja, antes do credenciamento, o hospital já tinha que estar em pleno funcionamento e oferecendo todos os atendimentos para conseguir a habilitação como Unacon.
O custeio desses serviços foi realizado com reserva própria do hospital e sem nenhum tipo de contrapartida. Dessa forma, após o credenciamento, a instituição necessita do reajuste do repasse do SUS, visto que o valor oferecido ao HE é o mesmo oferecido anteriormente à Santa Casa de Presidente Prudente – que abriu mão do seu credenciamento em oncologia para que o HE pudesse obtê-lo.
“Entretanto, o repasse para a Santa Casa custeava 12 leitos de oncologia e nunca será suficiente para manter toda a estrutura da nossa instituição. Somos um hospital especializado que atende os 45 municípios do DRS-11 [Departamento Regional de Saúde]”, pontuou o HE.
O pedido do aumento do repasse já foi solicitado para o governo federal, entretanto, a instituição ainda não teve retorno. “Sem um sinal das autoridades governamentais, corremos risco, pois o início dos atendimentos via Unimed não bastará para manter a nossa estrutura. Por isso, pedimos para a população que continue ajudando como puder. Esse hospital foi construído pela comunidade. Precisamos unir forças para garantir um tratamento digno e humanizado aos nossos pacientes”, acrescenta a entidade.

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