Em 26 de maio, foi celebrado o Dia de Combate ao Glaucoma, doença considerada a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Um balanço divulgado pelo HR (Hospital Regional) Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, de Presidente Prudente, mostra que de janeiro a abril deste ano, foram diagnosticadas 630 pessoas com o problema, sendo que no mesmo período de 2017, a unidade de saúde contabilizou 672 pacientes, uma redução de 6,25% dos casos registrados no local. Já na santa casa, não foi possível obter o balanço, uma vez que a unidade realiza atendimentos voltados a transplantes e catarata.
Conforme explica o oftalmologista Danilo Boscoli, a doença degenerativa atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina, responsáveis por enviar os impulsos nervosos até o cérebro, “o que ocasiona a perda de campo visual”. Diante disso, afirma que a principal característica da doença é a perda de visão periférica, que muitas vezes não é percebida pelo paciente. “Ela pode ser considerada assintomática, uma vez que a pessoa pode estar com a pressão intraocular elevada e não sentir nada”, expõe.
Mas para que haja o diagnóstico precoce do problema, o oftalmologista orienta a procura por um médico especialista na saúde com os olhos o quanto antes, para melhores orientações a respeito. Conforme explica à reportagem, o glaucoma não é descoberto “por uma simples avaliação” e depende de uma bateria de exames até chegar a um resultado concreto. Mas é importante que todos passem por consultas rotineiras no oftalmologista, a fim de evitar precocemente doenças oculares”, afirma.
Para tanto, a eficácia do tratamento contra o glaucoma depende do uso correto de um colírio antiglaucomatoso que, de acordo com o médico, diminui a pressão intraocular do paciente. Caso não esteja surtindo efeito satisfatório, o profissional recomenda que seja feita avaliação para um possível procedimento cirúrgico por meio de laser.
Como informado por Danilo, a descoberta da doença precocemente contribui para a eficácia do tratamento e o gerente de serviços, Aguinaldo Moreira Prates, 46 anos, é prova disso. Há um ano ele descobriu o glaucoma ainda em fase inicial e, orientado por um oftalmologista, deu início ao tratamento com o uso do colírio. “No começo, eu levei um susto porque nunca havia ouvido falar dela, mas busquei entender e fui recomendado a fazer cirurgia a laser para aliviar a pressão”, expõe.
Meses após o procedimento, Aguinaldo explica que continua a fazer o uso do colírio duas vezes ao dia e está contente com a evolução positiva. “Não perdi a visão porque descobri logo no começo, isso foi muito bom”, finaliza.
