Em Presidente Prudente, um idoso morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Conjunto Habitacional Ana Jacinta, neste domingo, enquanto aguardava transferência para um hospital.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o paciente deu entrada na unidade neste sábado com um quadro infeccioso grave, recebeu atendimento pela equipe de plantão, passou a ser medicado e foi incluído no sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), mas, devido à severidade do quadro, evoluiu a óbito neste domingo.
Em nota, o Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), que administra a UPA, informou que as unidades de pronto atendimento são mecanismos criados para atenderem os pacientes por até 24 horas, ficando a cargo do sistema Cross direcionar os pacientes para os hospitais depois desse período.
"Hoje, o Ciop enfrenta dificuldades na obtenção de vagas de internação. O represamento de pacientes dificulta os atendimentos e gera inúmeros transtornos. O quadro de pacientes que necessitam de vagas é crítico", expõe.
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo se solidarizou com o falecimento do paciente mencionado, no entanto, comunicou que não pode apurar e confirmar a informação devido ao fato de não dispor da reportagem os dados da vítima, como nome completo e data de nascimento. O Imparcial não teve acesso a essas informações pessoais.
A secretaria acrescentou que "monitora o cenário de disponibilização de ofertas e serviços de saúde na região de Prudente e trabalha para ampliar os atendimentos e reduzir a demanda de espera, sempre respeitando os critérios de urgência e emergência". "O SUS [Sistema Único de Saúde] é tripartite, portanto, os esforços para ampliação da oferta devem ser realizados por município, Estado e União", completou.
A pasta também esclareceu que a definição de prioridade dos casos inseridos na Cross é feita pelos municípios de origem dos pacientes, que também são responsáveis pela regulação. "A Cross é um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo, seja ele municipal, estadual ou filantrópico, e apto a cuidar do caso", explicou.
"A central possui um sistema online que funciona 24 horas por dia e busca vaga disponível em serviços de saúde do SUS, preferencialmente na região de origem do paciente, com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes", pontuou.