Índice de confiança do comércio tem melhora

REGIÃO - Victor Rodrigues

Data 17/06/2016
Horário 10:02
 

A confiança dos comerciantes apresentou "uma pequena melhora" em Presidente Prudente. De acordo com os representantes do setor, as vendas registram leve subida, na margem de 5%, e a previsão é que o aumento seja de 10% até o fim do ano. A reportagem consultou cinco lojas de segmentos variados no calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei e cercanias, e todas alegaram pequena melhora no movimento e nas compras.

O gerente da Jô Calçados, Amaro César da Silva, diz que as vendas tiveram um aumento de 5% em relação a junho do ano passado, e isso tem gerado expectativas. "Isso tem nos gerado confiança e expectativa que o comércio volte a se aquecer. No ano passado, o ramo calçadista sentiu bastante, mas a situação tem melhorado", comenta.

Jornal O Imparcial Comerciantes notaram maior movimento de clientes no calçadão

João Batista Oliveira, gerente do Empório do R$ 1,99, diz que o movimento teve melhora de 10% em menos de dois meses. O estabelecimento também comercializa diversos itens com valores maiores ao anunciado no nome.

Eliana Diwong, proprietária da loja Red - bijuteria e presentes, não soube estimar a percentagem da melhoria do fluxo de clientes, mas afirma que tem notado o movimento maior que há alguns meses. "Acreditamos que aumente ainda mais. Temos que acreditar", declara.

Nas lojas Du Homem, de moda masculina, e Uzy Baby, roupas e acessórios infantis, o caso é parecido. "Ainda sentimos que a situação não está boa, mas temos esperança. Esperamos vender 5% a mais que no mês passado. Algo que notamos, é que mesmo sem comprar, o movimento aumentou. As pessoas têm se interessado mais pelas peças", comenta Vanessa Maioto, gerente dos dois estabelecimentos.

Para Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), o índice de confiança do comerciante é um reflexo direto do nível de confiança do consumidor, e está ligada à expectativa de melhorias no sistema econômico do país, com a mudança de líderes governamentais e a promessa de uma reforma financeira do país que venha a combater a crise. "O pessoal está mais animado, e acreditando um pouco mais na mudança. Algumas lojas, que estavam às vésperas de serem fechadas, resistiram e têm expectativas de se recuperar", comenta.

Segundo o presidente do sindicato patronal do comércio, a nova gestão ainda apresentou medidas efetivas como redução de tributos e facilidade de negociações com linhas de créditos com os bancos, mas ele acredita que alteração da cúpula do governo federal tenha feito as pessoas ficarem menos receosas em gastar. "A indústria, inclusive, também teve uma aquecida. Caminhamos a passos lentos, mas já é alguma coisa. A situação política é muito importante. Se está instável, afeta várias cadeias. Precisamos de estabilidade e gerar emprego, senão, fica difícil circular dinheiro no país. Segurança financeira é sempre bom", pontua.

 
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